Moraes se reuniu nesta terça com procuradores de três estados para tratar dos bloqueios golpistas da última semana. Empresários serão investigados
Pedro Miranda Publicado em 08/11/2022, às 18h48
Nesta terça-feira (8), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, se reuniu com procuradores de três estados para tratar dos bloqueios golpistas de rodovias federais pelo Brasil. Durante a reunião, os procuradores de São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina forneceram ao ministro informações sobre a identificação dos suspeitos de financiamento das obstruções que o ministro considerou ilegal, na decisão.
De acordo com o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Sarrubbo, serão cruzadas informações entre as apurações do Ministério Público e do tribunal para identificação dos financiadores dos bloqueios.
Em 30 de outubro, após o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das Eleições 2022 para a Presidência da República, grupos de extrema-direita começaram a bloquear rodovias de várias partes do país por não aceitarem o resultado democrático das urnas brasileiras.
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O procurador-geral da Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, afirma que os empresários são financiadores. “Nós já temos alguns nomes, que ainda não podemos revelar, porque estão sendo investigados. A ideia é que esse cruzamento possa permitir a identificação de empresários, que estão, na verdade, patrocinando movimentos golpistas", disse.
Moraes ordenou na segunda (7) que a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as polícias civil e militar dos estados prestem informações sobre os caminhões e veículos envolvidos nos bloqueios. Moraes também pediu detalhes sobre proprietários de veículos e as multas aplicadas durante o desbloqueio.
Segundo a PRF, o fluxo de veículos está parcialmente interrompido nesta terça-feira em três pontos de rodovias no Pará, Rondônia e Mato Grosso. Não há bloqueios total. Desde a semana passada, agentes da corporação desfizeram 1.079 manifestações golpistas contra a democracia.
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