Boletim Focus: em meio a briga entre governo e BC, economistas aumentam projeção da inflação

A semana passada ficou marcada pelo embate entre o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e o Banco Central, principalmente após a instituição manter a Selic, a taxa básica de juros, em 13,75% ao ano. Com isso, o Boletim Focus, que reúne as expectativas das principais instituições financeiras do país, aumentou a perspectiva de inflação após oito semanas seguidas de aumento. 

A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, avançou de 5,78% para 5,79%. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 4%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

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Caso se confirme este número, a meta de inflação será ultrapassada pelo terceiro ano seguido. A meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) do BC, que estabeleceu o número de 3,25%. Contudo, ele pode variar 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo. Assim, a meta de inflação está na casa dos 4,75%.

A grande novidade do Boletim Focus de hoje foi a redução no crescimento da economia. Os economistas projetam uma redução do crescimento de 0,79% para 0,76% do Produto Interno Bruto (PIB). 

Para 2024, o mercado manteve estável, pela sétima semana seguida, a expectativa de evolução do PIB, em 1,5%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,85% e 2%, respectivamente.

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Boletim Focus: Selic e câmbio

Apesar da briga entre o governo federal e o BC, o mercado financeiro espera que a Selic termine o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica cai para 10% ao ano. E para 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano.

Já o dólar tem uma expectativa de encerrar o ano com uma cotação de R$ 5,25, um pouco acima da cotação de hoje, que está em R$ 5,20. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.

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