Presidente eleito, Lula falou nesta quinta-feira (10) para apoiadores na saída do CCBB, em Brasília, sede do governo de transição; saiba mais
Jean Albuquerque Publicado em 10/11/2022, às 20h01
Após declarações do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira (10), durante encontro com parlamentares em Brasília, criticando a necessidade de cumprir a regras fiscal ao falar sobre os gastos com benefícios sociais e defender que algumas despesas deveriam ser consideradas investimento, a bolsa despencou.
Durante o seu discurso, o dólar e os juros subiram e o Ibovespa caiu mais de 3%. Na saída do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, Lula afirmou que o "mercado fica nervoso à toa''. Para apoiadores, o petista também disse: "nunca vi um mercado tão sensível como o nosso. É engraçado que esse mercado não ficou nervoso com quatro anos do Bolsonaro”.
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Durante o discurso do presidente eleito, o dólar fechou em alta de 4% e o Ibovespa caiu 3,61%, em meio aos riscos de descontrole fiscal com o novo governo que assumirá o país em 1 de janeiro de 2023.
Lula também falou para aliados pela manhã, que é preciso pensar na mudança de alguns conceitos fiscais. Ao afirmar que muitos gastos deveriam ser considerados como investimento, ao mencionar os cortes do governo Bolsonaro a algumas áreas essenciais, como verba para Universidade, benefícios sociais, Farmácia Popular, entre outros.
Sobre o assunto, ele afirmou que: “não é possível que se tenha cortado dinheiro da Farmácia Popular em nome de que é preciso cumprir a regra fiscal, cumprir a regra de ouro. Sabe qual é a regra de ouro desse país? É garantir que nenhuma criança vá dormir sem tomar um copo de leite e acorde sem ter um pão com manteiga pra comer todo dia. Essa é a nossa regra de ouro”.
Sobre a regra de ouro, ela é prevista na Constituição Federal de 1988, e proíbe o governo de se endividar para cobrir alguns gastos, como salários e dinheiro necessário para custear o Estado.
A tensão do mercado financeiro é sobre a discussão em torno da elaboração da chamada PEC da Transição, uma Proposta de Emenda à Constituição para garantir os recursos dora do teto de gastos para pagar o valor de R$ 600 do Bolsa Família em 2023 e um benefício extra de R$ 150 para filhos com até seis anos de idade.
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