Equipe de transição do presidente eleito Lula faz estudo para a implantação do cartão de débito do Bolsa Família em 2023; saiba todos os detalhes
Jean Albuquerque Publicado em 14/12/2022, às 09h19
O Bolsa Família que irá retornar ano que vem pode ser pago por meio do cartão de débito em 2023, a equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) analisa disponibilizar essa funcionalidade para o recebimento do benefício.
Segundo o estudo da equipe de Lula, além de possibilitar às famílias mais uma opção além do aplicativo da Caixa, o Caixa Tem, assim facilitando a vida de quem depende do programa, o custo para fazer os cartões pode chegar a R$ 178 milhões.
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Com a adesão do cartão de débito, poderia facilitar o uso do dinheiro, já que ele poderia ser usado para compras em supermercado. No momento, por meio do aplicativo Caixa Tem os beneficiários podem utilizar o PIX. Mas quem não tem celular e acesso à internet ou não sabe utilizar o aplicativo precisa sacar o dinheiro no banco ou casa lotérica.
Em julho, o governo Bolsonaro confeccionou um cartão do Auxílio Brasil que permite fazer compras em lojas e sacar dinheiro na Caixa e na rede Banco24Horas. No entanto, essa realidade ainda é para poucos, já que o cartão só atende a 8,5 milhões dos 21 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil, de acordo com dados da Caixa. Deixam de usar essa funcionalidade 12,5 milhões de famílias.
De acordo com a funcionária aposentada da Caixa que coordenou a elaboração do relatório, Marcia Kumer, ouvida pelo UOL, para usar o aplicativo, o usuário precisa ter espaço no celular para baixá-lo e ter acesso a internet, o que pode dificultar o acesso da população de baixa renda. Com o débito, o cidadão pode operar o cartão sem a necessidade do acesso a internet ou telefone.
Uma das maiores dificuldades para a sua implementação é o alto custo. Segundo a Caixa, o custo de emissão do cartão do programa Auxílio Brasil é de R$ 14,24 a unidade, financiado pelo Ministério da Cidadania. As pessoas não pagam. Se forem emitidos 12,5 milhões de cartões, o valor total chegará a 178 milhões de reais.
O custo da proposta não foi especificado. O novo governo ainda fará uma análise cuidadosa dos beneficiários para eliminar fraudes antes de decidir se irá implementar os cartões para todos. O futuro governo também não informou se usaria ou descartaria as cartas existentes do governo Bolsonaro, batizadas de Auxílio Brasil. O programa passará a se chamar Bolsa Família. Se os 8,5 milhões de cartões emitidos fossem descartados, substituí-los custaria mais de 121 milhões de reais.
*Com informações do UOL Economia
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