Atualmente, cerca de 800 mil pessoas estão vinculadas ao Ministério da Defesa no Brasil. Tema tem sido um ponto de debate recorrente, especialmente no contraste com outras nações
Pedro Miranda Publicado em 18/06/2024, às 13h27
A folha de pagamento dos militares brasileiros representa um peso significativamente maior no orçamento de defesa em comparação com os Estados Unidos. Em 2024, a previsão é que R$ 77,4 bilhões sejam destinados ao pagamento de pessoal ativo, inativo e pensionistas, representando 78% dos gastos militares totais do país.
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Este tema tem sido um ponto de debate recorrente no Brasil, especialmente quando se observa o contraste com outras nações. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas 22% do orçamento militar é dedicado ao pagamento de pessoal, conforme dados da Peter G. Peterson Foundation, que monitora as contas públicas americanas.
A justificativa oficial do Ministério da Defesa brasileiro, disponível em seu site, aponta a necessidade de um grande contingente de pessoal como intrínseca às funções de defesa nacional. Atualmente, cerca de 800 mil pessoas estão vinculadas ao Ministério da Defesa no Brasil.
De acordo com o Portal da Transparência, o Brasil conta com 362.574 militares da ativa, 169.793 inativos e 235.416 pensionistas, totalizando o montante previsto de R$ 77,4 bilhões em 2024. A distribuição desses recursos é relativamente equilibrada entre os três grupos: 33,5% para os militares da ativa, 32,7% para os inativos e 27,7% para os pensionistas.
No entanto, a média dos valores recebidos por cada grupo varia consideravelmente. Os militares da ativa têm uma média salarial mensal de R$ 6.300, enquanto os pensionistas recebem cerca de R$ 8.000 por mês. Os inativos recebem a maior média, com R$ 13.233 mensais.
Quando questionado sobre a disparidade entre as folhas de pagamento do Brasil e dos Estados Unidos, bem como sobre a possibilidade de cortes orçamentários, o Ministério da Defesa não apresentou novos comentários. O tema continua sendo uma questão sensível e crucial no debate sobre as finanças públicas e a alocação de recursos no Brasil.
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