Novas fontes de recursos esquecidos foram incluídas nesta fase, como contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas. Veja detalhes para relizar a transação
Pedro Miranda Publicado em 07/06/2024, às 20h26
O Banco Central (BC) anunciou nesta sexta-feira (7) que os brasileiros ainda não resgataram R$ 8,16 bilhões de recursos esquecidos no sistema financeiro até o final de abril. O Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 6,78 bilhões de um total de R$ 14,94 bilhões disponibilizados por instituições financeiras.
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Os dados do SVR são publicados com um atraso de dois meses. Até o final de abril, 20.248.670 correntistas haviam resgatado valores, representando apenas 31,34% dos 64.618.095 correntistas incluídos no programa desde seu início em fevereiro de 2022.
Dos valores resgatados, 19.045.510 foram de pessoas físicas e 1.203.160 de pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o saque, 41.104.921 são pessoas físicas e 3.264.504 são empresas.
A maioria dos beneficiários que ainda não realizaram o saque tem direito a pequenas quantias. Valores até R$ 10 representam 63,54% dos beneficiários. Quantias entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 24,95% dos correntistas, enquanto valores entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,73% dos clientes. Apenas 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
O SVR foi reaberto em março de 2023, após quase um ano fora do ar, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em abril, foram retirados R$ 280 milhões, um aumento em relação aos R$ 218 milhões do mês anterior.
A fase atual do SVR traz inovações, como a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp, inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR e uma sala de espera virtual, que permite consultas sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou fundação da empresa.
Além disso, é possível consultar valores de pessoas falecidas, com acesso permitido a herdeiros, testamenteiros, inventariantes ou representantes legais. O sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor, além de permitir mais transparência para contas conjuntas. Se um dos titulares resgatar um valor esquecido, o outro poderá ver todas as informações relacionadas ao pedido.
Novas fontes de recursos esquecidos foram incluídas nesta fase, como contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas, entre outros valores disponíveis para devolução.
O SVR também abrange valores já disponíveis anteriormente, como contas-corrente ou poupança encerradas, cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito, recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados, tarifas cobradas indevidamente e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.
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