A cobrança do Pix para pessoa jurídica está suspensa temporariamente. Decisão final será tomada após retorno do presidente Lula de viagem oficial à Europa
Mylena Lira Publicado em 20/06/2023, às 20h48
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça-feira (20) a suspensão da cobrança do Pix para pessoa jurídica. A taxa, que estava prevista para entrar em vigor em 19 de julho, foi temporariamente suspensa após um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo divulgou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
A decisão será discutida na próxima semana, quando Lula retornar de sua viagem oficial à Europa. De acordo com o comunicado emitido pelo banco público, a suspensão tem como objetivo permitir que os clientes tenham mais tempo para se adaptar e receber esclarecimentos sobre o assunto, devido à disseminação de conteúdos inverídicos que geraram especulações.
O ministro Rui Costa revelou ter conversado com a presidenta da Caixa, Rita Serrano, que expressou surpresa com a repercussão da medida. Segundo Costa, os demais bancos já cobram a taxa para operações Pix de pessoas jurídicas, com autorização do Banco Central. A Caixa era a única instituição que ainda não aplicava essa cobrança, por questões técnicas.
Em nota, o banco reiterou que a cobrança do Pix para empresas é autorizada desde a criação da ferramenta, em novembro de 2020, e que oferecerá uma das menores tarifas do mercado. A Caixa também esclareceu que não cobra tarifa Pix de seus clientes pessoa física, microempreendedores individuais (MEI) e beneficiários de programas sociais, desmentindo notícias falsas que afirmavam o contrário.
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O Pix tem se tornado cada vez mais essencial para o funcionamento dos pequenos negócios, de acordo com a terceira edição da pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo revelou que 52% dos microempreendedores individuais consideram o Pix como o principal meio de recebimento de pagamentos, superando o cartão de crédito (20%) e o dinheiro (12%). A preferência pelo Pix se deve, em parte, aos baixos custos em relação às maquininhas de cartões e à rapidez nas transferências.
Além disso, o Pix proporciona facilidade de controle financeiro e praticidade na gestão do fluxo de caixa para os pequenos negócios. Alguns empreendedores estão até mesmo oferecendo descontos para clientes que utilizam o Pix. No entanto, a pesquisa também revelou que o cartão de crédito ainda é amplamente utilizado, especialmente entre as micro e pequenas empresas, devido à possibilidade de parcelamento das compras.
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O Pix e o cartão de crédito foram apontados como os principais meios de recebimento de recursos em 27% dos negócios pesquisados, seguidos pelos boletos (18%). Confira abaixo os dados da pesquisa sobre as preferências dos clientes do:
Microempreendedor Individual (MEI)
Micro e pequenas empresas
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