Com base nos dados do Censo, o Ministério da Cidadania avalia o nível de vulnerabilidade social para efetuar a liberação do Auxílio Brasil
Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br Publicado em 25/11/2021, às 12h14
Na noite da última quarta-feira (24), avançou mais um processo para realização do concurso IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o Censo Demográfico de 2022. Caro leitor, você deve estar se perguntando: “O que o concurso IBGE para o Censo tem haver com o Auxílio Brasil?”. Na verdade, há diversas coisas em comum e vamos te explicar neste artigo.
Os dados sobre vulnerabilidade social no Brasil são atualizados a cada dez anos após a divulgação dos números oficiais disponibilizados pelo Censo Demográfico, que é feito pelo IBGE. Com base neles, o Ministério da Cidadania realiza um levantamento para entender a realidade social das pessoas em uma determinada área, seja ela um município ou um bairro de uma grande cidade.
Como o último Censo foi realizado há 12 anos, em 2010, muitas informações estão desatualizadas. Mesmo com estudos da Pnad Contínua anuais (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), eles não conseguem dar conta da quantidade de informações. Além disso, por ser uma pesquisa por amostragem, ela pode apresentar uma pequena margem de erro, que pode deixar de fora milhares famílias vulneráveis.
O próprio Ministério da Cidadania admite que usa os dados do Censo 2010 para analisar o nível de vulnerabilidade social dos beneficiários. Haja vista que o Brasil de 2010 apresentava um ritmo econômico, com crescimento acima de 7%, mais vistoso que o país atual.
Por isso, muitos dados são distorcidos na realidade atual das cidades brasileiras e provoca muitos prejuízos para as famílias que estão na fila de espera. Visto que o governo liberou a primeira parcela para cerca de 14 milhões de beneficiários. Entretanto, o último levantamento do Cadastro Único (CadÚnico), feito em setembro, revela que mais de 18 milhões de brasileiros estão em situação de pobreza ou extrema pobreza.
Com a realização do Censo 2022, os dados serão atualizados e as possíveis distorções devem ser diminuídas.
Vale lembrar que o Censo já foi adiado duas vezes, em 2020 e 2021. No primeiro ano, o governo decidiu adiar a pesquisa devido a pandemia de covid-19 que tinha acabado de chegar ao Brasil. Enquanto que o segundo adiamento foi feito por causa de cortes no orçamento e falta de verba disponível para promover um estudo tão grande como o Censo.
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