Cesta básica em alta: Fevereiro marca escalada de preços em 14 capitais

Dieese registra aumento nos custos da cesta básica em fevereiro em 14 das 17 capitais brasileiras; salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.996,36

Jean Albuquerque   Publicado em 07/03/2024, às 15h25

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Em fevereiro, houve um aumento nos custos da cesta básica em 14 das 17 capitais brasileiras estudadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, conduzida mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Florianópolis, Goiânia e Brasília foram as únicas capitais que não experimentaram uma elevação nos preços médios da cesta, registrando quedas de -2,12%, -0,41% e -0,08%, respectivamente. Por outro lado, Rio de Janeiro (5,18%), São Paulo (1,89%) e Salvador (1,86%) apresentaram as maiores altas.

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Veja os produtos que impactaram no preço da cesta básica

No mês passado, os produtos que mais impactaram o aumento foram o feijão, a banana, o arroz, a manteiga e o pão francês. O feijão aumentou em todas as capitais analisadas pelo Dieese, enquanto a banana registrou elevações entre 2,62% (em Belém) e 19,83% (em Belo Horizonte) em comparação com janeiro.

Ao comparar os dados anuais, 12 capitais mostraram aumentos de preço, variando entre 0,32% (em Belém) e 11,64% (no Rio de Janeiro). Por outro lado, as maiores quedas foram observadas em Recife (-7,79%) e Natal (-7,48%) durante o mesmo período.

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Rio de Janeiro foi a capital com cesta básica mais cara

O Rio de Janeiro foi a capital com a cesta básica mais cara, custando em média R$ 832,80 em fevereiro, seguido por São Paulo (R$ 808,38), Porto Alegre (R$ 796,81) e Florianópolis (R$ 783,36). Nas capitais do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 534,40), Recife (R$ 559,68) e João Pessoa (R$ 564,50).

Veja o valor do salário mínimo ideal 

Com base no valor da cesta mais cara, estabelecida como a do Rio de Janeiro em dezembro, e considerando a determinação constitucional de que o salário mínimo deve cobrir as despesas básicas de um trabalhador e sua família, o Dieese estimou que o valor ideal deveria ser de R$ 6.996,36 em fevereiro, equivalente a 4,95 vezes o valor do salário mínimo atual de R$ 1.412,00.

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