Nova pesquisa do Dieese aponta para queda no preço da cesta básica em 15 capitais do país em 2023; Saiba as cidades com maiores reduções
Jean Albuquerque Publicado em 08/01/2024, às 16h42
O preço da cesta básica ficou mais acessível em 15 capitais em 2023, os dados foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em 17 capitais.
Segundo o relatório, as principais reduções acumuladas em 12 meses, entre dezembro de 2022 e no mesmo período do ano passado, foram registradas em Campo Grande (-6,25%), Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%). No entanto, as taxas positivas acumuladas ocorreram em Belém (0,94%) e Porto Alegre (0,12%).
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O Dieese se pronunciou em nota sobre a pesquisa e afirmou que: “A tendência, para o conjunto dos itens, foi de redução, movimento que, junto com a revalorização do salário mínimo e a ampliação da política de transferência de renda, trouxe alívio para as famílias brasileiras, que sofreram, nos últimos anos, com aumentos de preços dos alimentos, em geral, acima da média da inflação”.
Além disso, alguns fatores, a exemplo de questão climática, os conflitos externos e o câmbio desvalorizado que estimula a exportação, e o forte impacto da demanda externa sobre os preços internos das commodities acarretaram preocupação em 2023 e podem ser grandes desafios para este ano.
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A maior alta foi registrada em Brasília, com 4,67%, seguida por Porto Alegre (3,70%), Campo Grande (3,39%) e Goiânia (3,20%). Apenas em quatro capitais houve queda no preço da cesta: Recife (-2,35%), Natal (-1,98%), Fortaleza (-1,49%) e João Pessoa (-1,10%).
Em dezembro de 2023, o maior custo da cesta básica foi registrado em Porto Alegre, com R$ 766,53. Em seguida, vieram São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61). As menores médias foram registradas em Aracaju (R$ 517,26), Recife (R$ 538,08) e João Pessoa (R$ 542,30).
Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.439,62, ou 4,88 vezes o valor atual do salário mínimo, de R$ 1.320. Em novembro, o mínimo necessário havia sido estimado em R$ 6.294,71, ou 4,77 vezes o piso vigente.
Esse valor é ainda mais alto do que o salário mínimo necessário para uma pessoa adulta, estimado em R$ 5.269,63, ou 4,04 vezes o piso atual.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica com o salário mínimo também aumentou, passando de 107 horas e 29 minutos em novembro para 109 horas e três minutos em dezembro.
O comprometimento do salário mínimo líquido com o custo da cesta básica também aumentou, passando de 52,82% em novembro para 53,59% em dezembro.
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