Mesmo com endividamento e dificuldades no acesso ao crédito, o consumo dos beneficiários do Bolsa Família devem crescer em 2023
Victor Meira Publicado em 31/01/2023, às 23h47
Uma das primeiras medidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes mesmo de tomar posse e ainda durante o governo de transição, foi manter o valor mínimo do Bolsa Família em R$ 600.
Este gesto já trouxe uma perspectiva das famílias beneficiárias do programa social em aumentar o seu consumo durante o ano de 2023. Pelo menos é o que diz a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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A entidade aponta que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,3% em janeiro na comparação com dezembro, já descontados os efeitos sazonais. Segundo a CNC, a perspectiva de consumo foi o item que mais cresceu na comparação mensal, na casa dos 2,7%, impulsionado pelas famílias de menor renda.
O aumento da ICF foi influenciado pela intenção das famílias com rendimento mais baixos, subindo subindo 1,9% em relação a dezembro do ano passado e 25,7% na variação anual. O índice atingiu 91,2 pontos e, embora esteja ainda na zona de insatisfação (abaixo dos 100 pontos), é o maior desde abril de 2020.
A economista da CNC, Izis Ferreira, explica que a perspectiva por um consumo maior das famílias mais carentes é resultado da manutenção dos R$ 600 do Bolsa Família.
“Uma das causas do otimismo é a ampliação do principal programa de transferência de renda do governo, com o pagamento do valor mínimo de R$ 600, além do incremento de R$ 150 por criança até seis anos”, declarou Ferreira.
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A economista ainda relata que a injeção de mais recursos nos orçamentos das famílias provoca um estímulo maior para o consumo, mesmo com maior endividamento e dificuldade de acesso ao crédito.
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