O Piso Salarial da Enfermagem está suspenso desde setembro pelo STF, que pediu fontes adicionais de recursos para financiar os salários
Victor Meira Publicado em 15/12/2022, às 14h26
O Piso Salarial da Enfermagem pode sair do papel nas próximas semanas. A comissão especial que trata do assunto aprovou a proposta de emenda constitucional, que prevê assistência financeira complementar da União para os estados, municípios e entidades filantrópicas para pagar os técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras.
O texto aponta que o superávit financeiro dos fundos públicos do Poder Executivo será usado como fonte de recursos para o cumprimento dos pisos. Assim, com este valor adicional, os salários com o Piso Salarial da Enfermagem podem ser pagos.
+Hoje é o último dia para fazer pedido do saque extraordinário do FGTS de R$ 1 mil
Agora o próximo passo é que a proposta seja votada no plenário da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (15).
O texto aprovado é um substitutivo apresentado pela relatora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). O conteúdo autoriza a ampliação de limite de despesas com pessoal ativos nas áreas da saúde e da educação. Além disso, há o projeto do deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) que permite que o superávit financeiro de fundos públicos do Poder Executivo seja usado, entre 2023 e 2025, como complementação federal para o pagamento do piso salarial da enfermagem.
+Congresso tenta realizar mudanças para salvar o orçamento secreto. Entenda
O Piso Salarial da Enfermagem já foi aprovado pelo Congresso Nacional e até recebeu a sanção presidencial, mas ele foi suspenso pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, a pedido da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde).
No pedido da CNSaúde, a confederação cita que não há recursos necessários para bancar o Piso Salarial da Enfermagem e que teria que demitir funcionários para pagar a remuneração mínima.
Inclusive, o argumento de Barroso foi nessa linha. O juiz avaliou que a criação do piso sem uma fonte de recursos garantida levaria a demissões no setor e colocaria em risco a prestação de serviços de saúde.
*com informações da Agência Câmara de Notícias
+++Acompanhe as principais informações sobre Sociedade e Brasil no JC Concursos
Sociedade Brasil