O Google está sob pressão da Rússia, acusada de não remover conteúdo que Moscou considera ilegal e de restringir o acesso mídias russas no YouTube
Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br Publicado em 18/05/2022, às 16h49
Depois que as contas bancárias do Google foram confiscadas pelo governo russo, a subsidiária da empresa no país se declarou insolvente, o que impede a empresa de funcionar e fazer negócios na região. Há meses, o Google está sob pressão da Rússia, acusada de não remover conteúdo que Moscou considera ilegal e de restringir o acesso a algumas mídias russas no YouTube.
Um porta-voz da empresa destacou que o confisco pelas autoridades russas da conta bancária do Google tornou insustentável o funcionamento do escritório na Rússia, “incluindo empregar e pagar funcionários no país, pagar fornecedores e vendedores e cumprir outras obrigações financeiras", lamentou.
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Em uma nota publicada nesta quarta-feira (18), no Fedresurs, registro oficial da Rússia, a subsidiária emitiu um "um aviso da intenção de se declarar insolvente". A nota reitera ainda que “A partir de 22 de março de 2022, (a empresa) espera estar insolvente e incapaz de cumprir suas obrigações".
A Rússia disse na terça (17) que não tem planos de bloquear o YouTube apesar de repetidas ameaças e multas, reconhecendo que a medida pode prejudicar os usuários no país. O CEO da Rostelecom, Mikhail Oseevskiy, disse nesta quarta-feira (18) que o Google estava operando normalmente no país com todos os servidores funcionando, informou a TASS.
Em 2021, a subsidiária russa do Google registrou receita de 134,3 bilhões de rublos, de acordo com o banco de dados da Interfax de empresas russas Spark. O Google, que interrompeu a grande maioria de suas operações na Rússia depois que Moscou invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, disse que seus serviços gratuitos, incluindo Search, YouTube, Gmail, Maps, Android e Play, permanecerão disponíveis para usuários russos.
Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque
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