Na próxima reunião do Copom, o Banco Central pode reduzir a Selic para 12,25% ao ano, de acordo com analistas. Conheça as perspectivas para a política monetária e a influência na inflação
Victor Meira Publicado em 30/10/2023, às 14h20
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne na próxima quarta-feira (1) para definir a taxa básica de juros, a Selic. A expectativa do mercado é um corte de 0,5 ponto percentual, levando a taxa de 12,75% para 12,25% ao ano, segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do BC com analistas de mercado.
Este seria o terceiro corte desde agosto, quando o ciclo de aperto monetário foi interrompido. A alta da inflação na segunda metade do ano era esperada e não deve influenciar a decisão do Copom, que mantém a avaliação de que esse é o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista.
Para o encerramento de 2023, a expectativa é que a Selic chegue a 11,75% ao ano. A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Em setembro, a inflação foi pressionada pelo aumento dos preços da gasolina, registrando 0,26% no IPCA. A inflação acumulada no ano atingiu 3,50%, e nos últimos 12 meses está em 5,19%. O Copom reforçou a necessidade de uma política monetária contracionista para convergir a inflação para a meta em 2024 e 2025.
O ciclo de aperto monetário que começou em março de 2021 foi interrompido em agosto de 2022. A Selic chegou a ser reduzida para 2% ao ano durante a pandemia para estimular a economia, antes de ser elevada consecutivamente por um ano.
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