VSR é uma das principais causas de bronquiolite em bebês e crianças, especialmente durante os meses mais frios, causando sintomas como falta de ar e chiado no peito
Pedro Miranda Publicado em 29/05/2024, às 20h57
Os casos de hospitalização por síndrome respiratória aguda grave (Srag) continuam a aumentar no Brasil, impulsionados principalmente pelos vírus influenza A e sincicial respiratório (VSR), segundo o último boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (29). Embora alguns estados apresentem sinais de estabilização, a tendência nacional ainda é de alta.
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Os dados analisados pela Fiocruz referem-se ao período de 19 a 25 de maio e foram baseados nas informações do Sivep-Gripe até a última segunda-feira (27). O relatório revela que, além do VSR e da influenza A, há registros de casos de Srag ligados ao rinovírus, embora em menor escala.
No Nordeste, a alta de casos de influenza A mostrou sinais de estabilização, enquanto no centro-sul do país a taxa de crescimento deste vírus continua mais acentuada.
A distribuição dos casos positivos nas últimas quatro semanas destaca que 56% são de VSR, 25,8% de influenza A, 4,5% de Covid-19 e 0,4% de influenza B. Em relação aos óbitos, a influenza A foi responsável por 47,6% das mortes, seguida pela Covid-19 com 26,6%, VSR com 17,6% e influenza B com 0,3%.
Os estados com maior aumento de casos de Srag a longo prazo incluem Acre, Amazonas, Amapá, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.
A Fiocruz ressalta que os dados do Rio Grande do Sul devem ser interpretados com cautela devido aos impactos recentes das inundações na região, que podem ter atrasado a atualização dos números.
Até agora, em 2024, foram registrados 30.918 casos de Srag, sendo que o VSR foi responsável por 42,6% desses casos, seguido pela Covid-19 com 25,3%, influenza A com 18,8% e influenza B com 0,4%.
Também foram contabilizados 2.362 óbitos, dos quais 66,8% foram decorrentes de complicações da Covid-19, 22% de influenza A, 6,8% de VSR e 0,4% de influenza B.
O VSR é uma das principais causas de bronquiolite em bebês e crianças, especialmente durante os meses mais frios, causando sintomas como falta de ar e chiado no peito, que podem evoluir para pneumonia. A Fiocruz alerta para a necessidade de vigilância contínua e medidas preventivas para controlar a propagação desses vírus respiratórios.
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