O Ministério da Agricultura e Pecuária decretou estado de emergência fitossanitária em quatro estados para conter e controlar a ameaça representada pela mosca-da-carambola
Mylena Lira Publicado em 13/11/2023, às 18h59
O Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou, por meio da edição do Diário Oficial da União desta segunda-feira (13), a declaração de estado de emergência fitossanitária em quatro estados brasileiros: Amapá, Pará, Roraima e Amazonas. A medida, válida por um ano, tem como objetivo conter e controlar a ameaça representada pela mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), evitando a propagação para outras regiões do país.
Originária da Indonésia, Malásia e Tailândia, a mosca-da-carambola foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1996, no estado do Amapá. A espécie tornou-se uma séria ameaça à agricultura nacional, representando riscos tanto para a saúde humana quanto para a produção de alimentos saudáveis, além de causar danos econômicos significativos, principalmente na fruticultura.
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A principal ameaça à saúde pública está relacionada à contaminação de frutas pela mosca-da-carambola. Ao se alimentar de um fruto, a mosca deposita larvas que aceleram o processo de amadurecimento e queda do fruto, tornando-o impróprio para o consumo humano.
Além da carambola, a praga pode atacar outras frutas, impactando não apenas a saúde, mas também elevando os custos de produção devido às medidas necessárias para o combate. Confira exemplos de algumas frutas nas quais a mosca pousa:
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Desde 2017, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabeleceu protocolos para a prevenção e erradicação da mosca-da-carambola, classificada como praga quarentenária restrita a algumas regiões do país. Até o momento, a presença da mosca-da-carambola estava limitada aos estados do Amapá, Roraima e Pará. Contudo, em março deste ano, Roraima foi colocado em quarentena por tempo indeterminado.
As medidas de emergência agora em vigor possibilitam uma série de ações em pomares comerciais e áreas com ocorrência de frutos hospedeiros, assim como locais de comercialização, transporte de cargas e bagagens de passageiros.
Essas ações visam conter a proliferação da mosca-da-carambola e incluem desde orientações à população sobre a não colheita e transporte de frutos do chão em áreas afetadas até a implementação de armadilhas e a aplicação de pulverizações com iscas tóxicas.
O estado de emergência reforça a necessidade urgente de medidas coordenadas para preservar a segurança alimentar, proteger a produção agrícola e evitar a disseminação dessa praga que ameaça a sustentabilidade econômica e a saúde pública em múltiplos estados brasileiros.
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