A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima a criação de 108,5 mil novas vagas de emprego temporário neste final de ano
Com a aproximação das festividades de Natal, o comércio brasileiro se prepara para uma onda de contratações temporárias que promete ser a mais expressiva dos últimos dez anos. A projeção otimista é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que estima a criação de 108,5 mil novas vagas de emprego temporário neste final de ano.
Esse número representa um crescimento notável de 5,6% em comparação ao ano anterior, quando foram preenchidas 97,9 mil posições temporárias. Caso essa previsão se concretize, o contingente de mão de obra temporária será o mais significativo desde 2013, quando 115,5 mil pessoas encontraram oportunidades de emprego durante o período festivo.
A CNC baseia suas estimativas em dados sazonais de admissões e desligamentos no comércio varejista, mensalmente registrados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego.
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Dentre os setores que mais devem impulsionar as contratações temporárias, destacam-se:
Embora os hiper e supermercados liderem em quantidade de vagas, é o setor de vestuário que proporcionalmente mais se beneficia do período natalino. Enquanto o faturamento nos mercados cresce 34% entre novembro e dezembro, as lojas de vestuário experimentam um salto significativo de 90%.
De acordo com a CNC, a desaceleração da inflação e a flexibilização da política monetária, com a queda de juros, devem impactar positivamente as vendas, especialmente em segmentos menos dependentes de recursos por meio de empréstimos e financiamentos.
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São Paulo, com 28,41 mil vagas, lidera a lista de estados com maior oferta de empregos temporários para o Natal, seguido por Minas Gerais (12,13 mil), Paraná (9,14 mil) e Rio de Janeiro (7,96 mil), que, juntos, concentram mais da metade (54%) das oportunidades.
O salário médio de admissão para essas vagas temporárias deverá atingir R$ 1.605, representando um aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Liderando as contratações estão as ocupações de vendedor (42.102), caixa (9.429) e almoxarife e armazenista (9.278).
A CNC projeta que parte dos contratados de maneira temporária sejam efetivados e passem a ter um trabalho fizo. A previsão é de uma taxa de efetivação de 14,2%, superando os 12,3% registrados em 2022, mas ficando abaixo dos 14,9% de 2021, quando o comércio estava recuperando as vagas perdidas nas primeiras ondas da pandemia.
Para os trabalhadores temporários, é essencial destacar que, apesar da natureza temporária do emprego, a legislação federal garante uma série de direitos semelhantes aos dos efetivados, incluindo:
No entanto, existem exceções, como a ausência de direito à indenização de 40% sobre o FGTS, aviso prévio e seguro-desemprego.
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