São Paulo registrou a cesta básica mais cara do país; enquanto Aracaju, a mais barata. O Dieese estima que o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.571,52. Veja detalhes
Pedro Miranda Publicado em 10/04/2023, às 21h23
A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, elaborada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgou hoje (10) que em março o custo da cesta básica caiu em 13 das 17 capitais brasileiras analisadas.
As maiores quedas no preço da cesta básica foram registradas em Recife (-4,65%), Belo Horizonte (-3,72%), Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e João Pessoa (-3,42%). No entanto, houve aumento no preço da cesta básica em Porto Alegre (0,65%), São Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%).
O preço médio da cesta básica mais cara do país em março foi registrado em São Paulo, onde os produtos custavam em média R$ 782,23. Em seguida, estavam as cestas de Porto Alegre (R$ 746,12), Florianópolis (R$ 742,23), Rio de Janeiro (R$ 735,62) e Campo Grande (R$ 719,15).
Nas regiões Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é um pouco diferente, o custo médio da cesta básica foi mais barato. A cesta básica mais em conta foi encontrada em Aracaju, com um custo médio de R$ 546,14.
Com base no valor da cesta mais cara, que em março foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o salário mínimo ideal deveria ser de R$ 6.571,52.
Isso significa que o salário mínimo atual de R$ 1.302 deveria ser cinco vezes maior para atender às necessidades básicas de um trabalhador e sua família.
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