De acordo com o último levantamento do Dieese, o custo da cesta básica em São Paulo é de R$ 804, que corresponde a 71% do salário mínimo
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br Publicado em 10/05/2022, às 09h09
Diante das altas nos preços, principalmente nos itens da cesta básica, o governo federal planeja cortar impostos e tarifas de importação desses produtos, além do aço e tarifas de energia elétrica. A informação foi concedida pela coluna da jornalista Ana Flor da Globo News na última segunda-feira (10).
A medida tem o objetivo de amenizar e diminuir a inflação no Brasil. A última prévia do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15), publicado no final de abril, foi de 12,03% no índice acumulado em 12 meses. Além disso, o resultado de abril foi o pior para o quarto mês do ano desde 1995.
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O valor da cesta básica, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), subiu nas 17 capitais estudadas pelo instituto. Por exemplo, os moradores da cidade de São Paulo precisam desembolsar R$ 804 (que corresponde 71% do salário mínimo) para comprar os itens da cesta básica.
A escalada nos preços está maior que a prévia da inflação de abril. Nos últimos 12 meses, Campo Grande acumula a maior alta: quase 30%. Seguido por São Paulo, Curitiba, Brasília e Salvador — todas com alta de mais de 25%.
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Dito isso, a equipe econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro planeja duas ações:
Em virtude da aproximação das eleições presidenciais, as medidas para segurar a inflação são consideradas como fundamentais para o atual presidente melhorar a sua imagem com a população, principalmente aqueles que são mais afetados pela inflação. Inclusive, as pesquisas informam que altas dos preços é um dos principais fatores para a má avaliação do governo Bolsonaro.
O novo pacote de medidas para combater a inflação também deve incluir a redução na tarifa das contas de energia elétrica e até mesmo amenizar a alta do diesel, que foi anunciada ontem (09) pela Petrobras.
O governo também está negociando com os países do Mercosul a possibilidade de reduzir a tributação dos produtos dentro do bloco. Caso não consiga convencer os outros países, o Ministério da Economia já estaria planejando a manutenção da defesa na redução dos preços mesmo sem o consenso dos países parceiros.
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