De acordo com a prévia da inflação oficial (IPCA-15), os combustíveis e os alimentos foram os principais vilões do bolso do brasileiro
Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br
Publicado em 27/04/2022, às 10h32
A inflação segue como um dos principais problemas para o bolso do brasileiro. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, nesta quarta-feira (27), o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), a prévia da inflação oficial, que registrou um avanço de 1,73% em abril.
O resultado é maior que as taxas de inflação de março (0,95%) e de abril de 2021 (0,60%). De acordo com o IBGE, esta é a maior variação mensal para um mês desde fevereiro de 2003 (2,19%) e a maior para um mês de abril desde o ano de 1995 (1,95%).
Com a taxa atual, o IPCA-15 acumula taxa de 4,31% em 2022. Em relação ao índice acumulado dos últimos 12 meses, o indicador registra uma inflação de 10,79%.
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Oito dos nove grupos de despesa tiveram alta de preços em abril. O grupo de produtos que teve maior impacto nos resultados foram os transportes, que registraram inflação de 3,43% na prévia do mês.
Entre os itens que se destacaram no período estão os combustíveis, que registraram alta de 7,54%, devido ao aumento nos preços da gasolina (7,51%), óleo diesel (13,11%), etanol (6,60%) e gás veicular (2,28%).
Outro grupo de despesas com alta importante foi alimentação e bebidas (2,25%), com elevação de preços em produtos como tomate (26,17%), leite longa vida (12,21%), cenoura (15,02%), óleo de soja (11,47%), batata-inglesa (9,86%) e pão francês (4,36%).
Outros destaques foram os grupos habitação (1,73%), vestuário (1,97%), artigos de residência (0,94%), despesas pessoais (0,52%), saúde e cuidados pessoais (0,47%), educação (0,05%). O único grupo com deflação (queda de preços) foi comunicação (-0,05%).
Para o cálculo do IPCA-15, foram comparados os preços coletados entre 17 de março e 13 de abril de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 12 de fevereiro e 16 de março de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
*com informações do IBGE
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