Pesquisa divulgada por instituto nesta quinta-feira (7) aponta que nível de endividamento no Brasil atinge 80% da população do país; Saiba mais
Jean Albuquerque Publicado em 07/12/2023, às 15h01
O endividamento no Brasil atinge 80% da população do país que enfrentam problemas financeiros, é o que aponta a pesquisa do Instituto Locomotiva e MFM Tecnologia que revela que oito em cada dez famílias brasileiras estão endividadas e um terço têm dívidas em atraso.
O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (7) no relatório Raio-x dos Brasileiros em Situação de Inadimplência. Segundo o relatório, os índices que já estavam piores durante a pandemia da covid-19 recuaram, mas ainda são elevados.
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O responsável por realizar a pesquisa entrevistou 983 pessoas por meio de questionário pela internet, que foi aplicado entre 11 e 22 de setembro, entre homens e mulheres de todos os estados.
O cartão de crédito é a principal fonte de inadimplência, representando 60% dos débitos em aberto. Em seguida, aparecem empréstimos e financiamentos (43%), cheque especial (19%), contas de serviços básicos (17%), impostos (15%), celular (14%) e compras feitas em lojas de departamento (12%).
A pesquisa também mostrou que a inadimplência está afetando a vida pessoal dos brasileiros. 47% dos entrevistados afirmaram que a inadimplência já causou problemas com o cônjuge, 44% disseram que já tiveram problemas com amigos e familiares, e 38% relataram que já tiveram problemas no trabalho.
Além disso, a inadimplência também está prejudicando a economia do país. O levantamento estima que as dívidas em atraso dos brasileiros somam R$ 5,5 trilhões.
Segundo o levantamento, 60% dos inadimplentes têm como principal estratégia para conseguir colocar tudo em dia a economia. Em seguida, aparecem renegociar dívidas (38%), a melhora da situação econômica do país (20%) e a obtenção de crédito mais barato e acessível (19%).
A pesquisa também mostrou que aumentou a parcela de pessoas que teve sucesso em se estabilizar financeiramente, variando de 20%, em 2022, para 24%, neste ano.
No entanto, o percentual de brasileiros que avaliam que uma melhora na economia do país é o que permite a da sua situação financeira e a quitação de dívidas caiu, passando de 29% para 20%.
Os entrevistados também foram questionados sobre quais fatores poderiam ajudar a reduzir o endividamento no Brasil. A maioria (59%) acredita que tornar o crédito mais barato e acessível impactaria muito sua vida financeira. Além disso, 56% deles pensam que ter orientações de qualidade sobre como organizar o próprio orçamento também ajudaria.
Um dado importante diz respeito a políticas públicas. Ao todo, 41% dos participantes da pesquisa consideram que ter acesso a serviços públicos gratuitos, como creches em horário estendido e/ou mais próximas de casa, ou do trabalho é um fator que também contribuiria para deixar de contrair dívidas.
No que concerne a agentes que influenciam nas decisões, o que o estudo mostra é que as redes sociais representam um problema para muitos brasileiros. São elas que incentivam 23% a ter comportamentos que complicam as contas e os pagamentos. Cônjuges são apontados por 10%.
De acordo com o levantamento, 80% dos endividados consideram o programa importante para ajudar na vida financeira dos brasileiros. No entanto, apenas 17% afirmam conhecer bem o programa, enquanto 58% dizem só ter ouvido falar sobre ele.
Essa falta de conhecimento sobre o programa pode ser um dos motivos pelos quais apenas 20% dos endividados afirmaram que suas dívidas foram ou podem ser negociadas no âmbito do programa. A proporção chega a 28% entre inadimplentes.
Outro dado relevante é que apenas 20% dos endividados já negociaram dívidas com o Desenrola Brasil. Entre os inadimplentes, são 11%. No entanto, 46% dos inadimplentes que têm certeza de que conseguirão pagar suas dívidas pretendem negociá-las no programa.
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