Texto preliminar propõe alterações significativas, incluindo reconhecimento de famílias e animais pelo Estado, proteção na internet e em sistemas de IA. Veja detalhes do que deve mudar
Pedro Miranda Publicado em 01/04/2024, às 21h10
Uma comissão de juristas no Senado está conduzindo discussões ao longo desta semana sobre o relatório final e um projeto preliminar para reformar o Código Civil, que entrou em vigor em 2003.
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Instituído em 2002, o Código Civil tem sido objeto de debates em um colegiado formado pelo presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desde agosto de 2023. Presidida pelo ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a comissão tem até 12 de abril para concluir seus trabalhos.
O texto preliminar em discussão propõe uma série de alterações significativas, incluindo modificações na forma como animais e famílias são reconhecidos pelo Estado, bem como regras para proteção de indivíduos no ambiente virtual e em sistemas de inteligência artificial (IA). A proposta também visa facilitar a doação de órgãos após a morte e estabelecer normas para reprodução assistida e barrigas de aluguel.
Uma das mudanças mais notáveis é a eliminação das referências a "homem e mulher" nas disposições sobre casais ou famílias, abrindo espaço para reconhecer os direitos de homossexuais ao casamento civil, união estável e formação de família.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou a análise da proposta como uma das prioridades da Casa em 2024 e afirmou que aguardará a finalização do trabalho da comissão de juristas antes de decidir sobre o início do processo legislativo.
Entre as principais alterações propostas na reforma do Código Civil estão questões relacionadas à doação de órgãos, definições de família, casamentos, direitos dos animais, proteção na internet e em sistemas de IA, reprodução assistida e posse de terra rural.
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