Retomada do processo seletivo é parte das discussões do MEC para a reconstrução do Fies. As vagas estarão disponíveis para cerca de 60 mil candidatos ainda este ano
Pedro Miranda Publicado em 15/09/2023, às 18h38
O Ministério da Educação (MEC) divulgou hoje uma importante notícia para estudantes de todo o país. O MEC anunciou a retomada do processo seletivo para o preenchimento de vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e lançou um novo programa social de financiamento estudantil.
As vagas remanescentes do Fies, que não foram preenchidas durante o processo de seleção regular, estarão disponíveis para cerca de 60 mil candidatos ainda este ano. A grande novidade é que, desta vez, a seleção dos inscritos será baseada nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir de 2010. Nas edições anteriores, a ocupação das vagas se dava por ordem de registro da inscrição no sistema.
Outra mudança significativa é que todas as mantenedoras de instituições de ensino superior privadas poderão participar do próximo processo seletivo, independentemente de terem participado de edições do Fies realizadas este ano, algo que não era permitido anteriormente.
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Os detalhes sobre os prazos e critérios para a participação das instituições de ensino serão divulgados em um edital previsto para ser publicado até o final de setembro.
Essa retomada do processo seletivo é parte das discussões em curso no MEC para a reconstrução do Fies, para recuperar o caráter social do programa. Em breve, o MEC lançará o "Fies Social", um programa que cobrirá 100% dos custos das mensalidades em instituições privadas de ensino superior.
Esta iniciativa visa tornar a educação superior acessível a um número ainda maior de estudantes e combater a inadimplência, um dos principais desafios enfrentados pelo programa ao longo dos anos.
O Fies foi criado em 1999 e oferece financiamento a estudantes em instituições particulares de ensino com condições mais favoráveis do que as oferecidas pelo mercado. Mesmo tendo alcançado mais de 732 mil contratos em 2014, o programa passou por uma série de mudanças e ajustes desde 2015, principalmente devido à alta inadimplência entre os beneficiários.
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