A operação foi realizada com a participação de policiais civis em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Pernambuco. Denúncias podem ser feitas no canal Escola Segura
Pedro Miranda Publicado em 19/04/2023, às 22h17
Uma força-tarefa do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) apreendeu dez adolescentes por ameaças de ataques a escolas. A ação, denominada Operação Escola Segura, cumpriu nesta quarta-feira (19) dez ordens de internação provisória, além de 13 mandados de busca e apreensão e 11 afastamentos de sigilo de dados dos adolescentes investigados.
Os jovens têm idades entre 11 e 17 anos e são suspeitos de terem cometido atos infracionais relacionados a ameaça, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso e associação criminosa, além de incorrerem nos artigos 12 e 14 do Estatuto do Desarmamento. A operação foi realizada com a participação de policiais civis em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Pernambuco.
Segundo o Ministério da Justiça, as investigações tiveram início após o ataque à creche Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau (SC), em que quatro crianças foram mortas e cinco ficaram feridas após um homem invadir o local com uma machadinha. As autoridades encontraram, por meio das redes sociais, outros indivíduos que estavam ameaçando realizar ataques similares.
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A Operação Escola Segura trabalha de forma integrada, com 51 chefes de delegacias de investigação e 89 chefes de agências de inteligência de Segurança Pública (polícias Civil e Militar).
O ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou sobre a ação em suas redes sociais e agradeceu às polícias civis envolvidas na operação. "Operação Escola Segura cumprindo mandados hoje em 5 Estados. Agradeço às polícias civis que estão atuando em rede com o Ministério da Justiça, para que tenhamos maior eficácia nas ações preventivas e repressivas", escreveu o ministro.
Denúncias sobre ameaças de ataques podem ser feitas ao canal Escola Segura, criado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com SaferNet Brasil. As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante. Em caso de emergência, a orientação é ligar para o 190 ou para a delegacia de polícia mais próxima.
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