Fraudes no Brasil causam prejuízo de mais de R$ 330 bilhões em 2021

Dados foram divulgados nesta quinta (4) e constam na nota técnica Brasil Ilegal em Números. País poderia ter criado 535,7 mil empregos formais no período

Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br   Publicado em 04/08/2022, às 18h22

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Ações ilegais foram responsáveis por um prejuízo bilionário no Brasil em 2021. O rombo econômico é causado por contrabando, pirataria, fraude fiscal, sonegação de impostos, furto de serviços públicos, entre outros. O valor do dano no ano passado foi de R$ 336,8 bilhões. Deste valor, R$ 95 bilhões são de impostos não recolhidos pelos governos.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (4) e constam na nota técnica Brasil Ilegal em Números, do levantamento feito pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) e Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

No início do ano, essas entidades formaram o Grupo de Trabalho (GT) Rio Legal para avaliar os impactos e aspectos negativos do “Brasil ilegal”. O grupo integra dados de 16 setores econômicos, bem como serviços de infraestrutura de energia e água. Segundo o estudo, os R$ 336,8 bilhões gerados pela ilegalidade equivalem ao produto interno bruto (PIB) dos estados da Bahia e Sergipe somados.

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Mercado ilegal no Brasil é alarmante, diz presidente da Firjan

Além disso, o país poderia ter criado 535,7 mil empregos formais nesse período. Só no setor de vestuário, 94.000 vagas de emprego deixaram de ser abertas. O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, disse à Agência Brasil que o mercado ilícito do Brasil é motivo de preocupação.

"São recursos subtraídos, tributos não arrecadados e empregos que deixam de ser criados. É importante mostrar os prejuízos socioeconômicos dessa prática no país, e pleitear ações coordenadas de todas as esferas de governo no combate a essa ilegalidade", destacou.

“É preciso ter em mente que estas cifras interferem na vida das pessoas. Com políticas públicas adequadas e a união e participação do setor produtivo e das autoridades, esse cenário pode e precisa ser revertido, gerando ganhos para todos", comentou o presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior.

“O consumidor é o grande protagonista desse processo. Só vamos combater esse mal se a sociedade se engajar”, acrescentou Queiroz Junior.

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