Geração Z é a que mais troca de emprego em curtos intervalos de tempo. Comportamento está atrelado ao um fenômeno que impacta profissionais de todas as idades
Pedro Miranda Publicado em 12/12/2023, às 17h28 - Atualizado em 13/12/2023, às 09h50
Uma revolução está em curso no mercado de trabalho, liderada pela Geração Z, composta por pessoas nascidas entre a segunda metade da década de 1990 e o início de 2010. Essa geração está na vanguarda do fenômeno conhecido como 'job hopping', onde os profissionais não permanecem por longos períodos no mesmo emprego.
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego de 2020 revelam que os jovens são os que mais trocam de emprego em curtos intervalos de tempo. A pesquisa destaca que 24,4% dos jovens, com idades entre 18 e 24 anos, ficam no máximo até três meses em um mesmo trabalho.
O termo 'job hopping' surgiu internacionalmente e se transformou em uma tendência global, afetando jovens profissionais em todos os países. Os motivos para essa mudança constante são diversos, mas a busca por qualidade de vida se destaca.
Os jovens buscam empresas alinhadas com seus ideais, flexíveis o suficiente para permitir a realização de tarefas em qualquer lugar e em horários diversos. Eles também buscam desafios e oportunidades de crescimento profissional.
Uma pesquisa da PwC, intitulada 'Trabalho Pós-Pandemia', destaca que 71% dos trabalhadores entrevistados esperam que as organizações adotem medidas que possibilite comportamento e linguagem mais informal no ambiente corporativo.
Embora seja uma tendência predominante na Geração Z, suas ramificações estão redefinindo o mercado de trabalho para profissionais de todas as idades. Empresas enfrentam a necessidade de se adaptar e garantir qualidade de vida aos colaboradores, independentemente da faixa etária, implementando mudanças que incentivem a permanência por períodos mais longos.
Algumas das medidas que as empresas podem adotar para se adaptar ao 'job hopping' incluem:
O 'job hopping' pode ter impactos positivos e negativos para as empresas. Por um lado, pode levar à perda de talentos e à dificuldade de manter um quadro de funcionários estável. Por outro lado, pode estimular a inovação e a competitividade, pois as empresas precisam se adaptar às expectativas dos profissionais da Geração Z.
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