BNDES já liberou financiamentos bilionários para outros projetos de infraestrutura em São Paulo. Lula e Tarcísio estabelecem uma cooperação em diversas áreas
Pedro Miranda Publicado em 28/11/2023, às 13h28
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, apresentou um pedido de financiamento de R$ 3 bilhões ao governo federal visando acelerar as obras de infraestrutura no estado. A solicitação, feita no âmbito do PAC Seleções, programa de infraestrutura lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto, tem como foco a expansão das linhas 4-Amarela e 5-Lilás do metrô paulista.
O plano do governo estadual é destinar esses recursos para a construção de duas novas estações em cada uma das linhas. As obras estão programadas para iniciar no segundo semestre de 2024, com a expectativa de que os novos trechos estejam operacionais até 2028.
O pedido de Tarcísio foi apresentado durante uma reunião em Brasília e se enquadra no compromisso do governo federal de apoiar projetos por meio do Orçamento Geral da União ou financiamentos do FGTS, ambos como fundo perdido. O PAC Seleções busca impulsionar projetos em setores como mobilidade urbana e saneamento básico.
Apesar de serem potenciais adversários nas eleições presidenciais de 2026, Lula e Tarcísio estabelecem uma cooperação em diversas áreas, incluindo ações conjuntas para lidar com enchentes no litoral norte de São Paulo.
Exemplo desse financiamento é a ampliação da linha 3-Verde do metrô e o Trem Intercidades (TIC), que ligará São Paulo a Campinas. As novas extensões propostas para as linhas 4-Amarela e 5-Lilás envolvem investimentos de R$ 3,2 bilhões e R$ 2,8 bilhões, respectivamente.
A linha 4-Amarela terá uma extensão de 3,3 quilômetros, com as estações Chácara do Jockey e Taboão da Serra. Na linha 5-Lilás, a ampliação será de 4,3 quilômetros, incluindo as estações Comendador Sant’Anna e Jardim Ângela.
O objetivo é financiar metade do investimento total de R$ 6 bilhões nas duas linhas por meio de um crédito federal, seja do FGTS, através da Caixa, ou do BNDES. As concessionárias privadas responsáveis pela operação das linhas ficarão encarregadas das obras civis. O projeto executivo de engenharia deverá ser concluído em setembro de 2024, com a construção iniciando imediatamente em seguida.
O secretário estadual de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, enfatiza que as concessionárias deverão contribuir com os 50% restantes do investimento, e seus contratos serão reequilibrados pelo estado de São Paulo, considerando o aumento previsto no volume de passageiros nas linhas.
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