Alckmin afirmou que o modelo tributário brasileiro é “caótico” e “injusto”. CNI destaca reforma tributária como principal prioridade do setor industrial no Legislativo
Pedro Miranda Publicado em 28/03/2023, às 20h03
O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, defendeu nesta terça-feira (28) uma reforma tributária para trazer eficiência econômica ao país, durante sua participação na 24ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Representando o presidente Lula, Alckmin afirmou que o modelo tributário brasileiro é “caótico” e “injusto”, tanto na cobrança quanto na distribuição de recursos. Ele ressaltou que a disparidade na distribuição varia de R$ 30 a quase R$ 9 mil per capita para os municípios, o que mostra a urgência da reforma.
Além disso, Alckmin comparou os tributos sobre consumo no Brasil, que chegam a quase 50%, com os Estados Unidos, que são em torno de 20%. Para o vice-presidente, a reforma tributária trará eficiência econômica para o país, o que é fundamental para que o Brasil cresça mais forte. Ele enfatizou que o modelo tributário atual é prejudicial à exportação e não estimula investimentos.
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Nesta terça-feira (28), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, participou de uma sessão solene no Congresso Nacional para o lançamento da Agenda Legislativa da Indústria deste ano. Durante o evento, Andrade destacou a importância da aprovação da reforma tributária como a principal prioridade do setor industrial no Legislativo.
O documento apresentado na ocasião reúne 139 projetos de lei de interesse do setor industrial que tramitam na Câmara e no Senado. Segundo Andrade, a aprovação da reforma tributária é crucial para a competitividade da indústria brasileira, uma vez que a atual legislação tributária é complexa e onerosa, gerando custos e dificuldades para as empresas.
O governo federal defende duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC) para a reforma tributária que tramitam no Congresso, as quais sugerem a unificação de vários tributos e não vão diminuir a arrecadação dos municípios.
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