Governo federal irá lançar programa para estimular compra de carros novos

No início do mês, Lula criticou os preços praticados no Brasil de carros novos que partem da faixa de R$ 70 mil

Victor Meira   Publicado em 24/05/2023, às 22h01

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, divulgaram um novo programa de estímulo à indústria automotiva. O objetivo declarado pelo governo é ampliar o acesso a veículos populares e impulsionar toda a cadeia produtiva relacionada ao setor automobilístico brasileiro. 

A expectativa é a ampliação da venda de carros novos para a população mais carente do Brasil. 

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o lançamento oficial do programa ocorrerá no Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira (25), data em que se comemora o Dia da Indústria.

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Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou aos jornalistas que o programa foi elaborado pela equipe econômica, sob a coordenação de Alckmin, a pedido do presidente Lula. No entanto, não foram fornecidos detalhes específicos sobre as medidas que compõem o programa.

Lula critica os preços dos carros no Brasil

Durante um discurso proferido em uma reunião do novo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável no início de maio, o presidente Lula expressou duras críticas aos preços dos veículos brasileiros. Ele questionou a capacidade dos pobres de adquirir um carro popular por R$ 90 mil e destacou que um veículo nessa faixa de preço não pode ser considerado popular, mas sim destinado à classe média.

Lula ressaltou que, atualmente, os carros mais baratos disponíveis no país, como o Fiat Mobi Like e o Renault Kwid Zen, têm preços em torno de R$ 68.990. No entanto, a maioria das versões mais vendidas e procuradas situa-se entre R$ 90 mil e R$ 100 mil.

Diante dessa situação, há alguns meses, surgiram conversas entre as montadoras e o governo para a criação de um programa de incentivos voltado aos carros populares. Liderado pela Stellantis, em especial pela Fiat, o projeto busca reduzir os preços dos veículos no Brasil com a colaboração do governo.

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Vale destacar que, no passado, a Fiat foi responsável por impulsionar a mudança na tributação dos carros com motor 1.0, criando uma nova categoria de veículos populares. Por outro lado, a Volkswagen pressionou pela mesma legislação com o objetivo de incentivar a produção de veículos refrigerados a ar, como o Fusca, que não oferecia a opção de motor 1.0.

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Embora Lula não tenha fornecido detalhes específicos sobre essa nova ideia, ele ressaltou que um carro popular deve ser mais acessível e simples. Além disso, o presidente destacou que a população não gosta do termo "popular", pois acredita que ele sugere uma inferioridade.

"Quando falamos em comprar um carro popular, uma geladeira popular, um fogão popular, tudo parece rebaixar a gente. Então, por que usar a palavra 'popular'?", questionou Lula.

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É importante ressaltar que mais informações sobre o programa de estímulo à indústria automotiva serão divulgadas durante o evento de lançamento no Palácio do Planalto. A expectativa é que as medidas anunciadas visem não apenas tornar os veículos mais acessíveis, mas também impulsionar a produção e o desenvolvimento do setor automobilístico brasileiro.

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