Trocas de servidores nos setores do governo serão intensificadas, diz ministro. Na Funai, as exonerações estão relacionadas com a tragédia do povo Yanomami, em Roraima
Pedro Miranda Publicado em 24/01/2023, às 18h45
Após a descoberta da difícil situação dos Yanomami, em Roraima, a Casa Civil da Presidência da República introduziu várias reformas na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A medida foi publicada em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na noite de segunda-feira (23).
O documento informa a exoneração de 38 servidores, cinco dispensas e uma nomeação. A mudança de chefes da fundação ocorre em meio às tragédias dos povos indígenas devastados pela mineração ilegal, desnutrição e doenças.
A transferência foi assinada pelo Ministro da Casa Civil, Rui Costa. Com as mudanças da Funai, o ministro deu continuidade à troca de assessores comissionados da administração federal, processo que ficou conhecido como "desbolsonarização". Segundo ele, isso vai acontecer em todos os setores, sejam com militares ou civis.
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Durante visita à região indígena no sábado (21), Lula disse que a situação dos povos Yanomami, em Roraima, é desumana. Em Boavista, Lula testemunhou em primeira mão a crise de saúde que afeta a população local. Em 2022, os territórios Yanomami registraram 11.530 casos confirmados da doença e a morte de 570 crianças.
Nesse cenário, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse mais exonerações serão feitas. “Vocês têm acompanhado, desde que assumimos, um número grande de troca de pessoas, e assim seguirá. E vocês vão ver essas trocas mais intensas a partir do dia 23, quando eu diria que roda a chave no sistema para que os novos ministérios passem a existir nos sistemas eletrônicos e digitais do governo”, afirmou Costa, após reunião no Ministério da Defesa.
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