Embora tenha anunciado sobre a intenção do governo em privatizar três ou quatro estatais, o ministro Paulo Guedes não revelou quais empresas serão privatizadas
Redação Publicado em 06/08/2020, às 14h36
Nesta quinta-feira (06), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, durante uma live com organizada pela empresa Fundación Internacional para la Libertad (Fundação Internacional pela Liberdade), que o governo federal anunciará três ou quatro privatizações de grandes empresas em até 60 dias.
“Vamos anunciar três ou quatro privatizações de grandes companhias”, declarou Guedes. Apesar de ter comentado sobre as possíveis privatizações, o ministro comentou que não anunciará os nomes das empresas neste momento. Além disso, ele afirmou que acredita ter o apoio do Congresso Nacional em relação as privatizações.
O ministro disse ainda que, após os gastos extraordinários necessários para o enfrentamento da crise gerada pela pandemia de covid-19, o governo retomará em 2021 a trajetória fiscal, com redução de despesas. Ele citou que, se não fosse a crise gerada pela pandemia, o déficit primário (receitas menos despesas, sem considerar gastos com juros) ficaria em 1% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). Com as despesas extraordinárias necessárias para o enfrentamento da crise, esse percentual deve ficar em 11%. “No próximo ano, vamos reduzir dramaticamente os gastos”, afirmou.
Para o ministro, as medidas adotadas pelo governo para o enfrentamento da crise surtiram efeito, uma vez que as previsões de analistas econômicos para a queda da economia neste ano, que inicialmente superavam 10%, agora estão um pouco abaixo de 4%. “Perdemos um ano em termos de espaço fiscal, mas nós ganhamos milhões de vidas, a economia continuou com os sinais vitais preservados. Então, estou dizendo que o Brasil vai surpreender o mundo de novo. Surpreendeu no ano passado, quando nós fizemos uma reforma difícil [da Previdência], e vamos surpreender de novo deste ano, porque estamos votando propostas”, disse.
Guedes afirmou que o presidente Jair Bolsonaro dá suporte para que o governo siga com as privatizações e com as reformas.
*reprodução Agência Brasil