IGP-DI sobe para 2,01% em janeiro e índice atinge mais de 16% em 12 meses, diz FGV

O IGP-DI é a média dos índices de preços ao produtor (IPA), ao consumidor (IPC) e de custo da construção civil (INCC)

Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br   Publicado em 07/02/2022, às 08h36

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O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu para 2,01% em janeiro, o número é maior que o registrado em dezembro, que foi de 1,25%. Desta forma, o índice acumula alta de 16,71% nos últimos 12 meses. Em janeiro de 2021, o índice havia subido 2,91% e acumulava elevação de 26,55% em 12 meses.

Os dados foram publicados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na manhã desta segunda-feira (07).

O coordenador dos Índices de Preços, André Braz, destaca que as commodities e combustíveis foram as principais responsáveis pela alta. Somente estes dois itens registraram um aumento de 2,57%. 

“Apesar da desaceleração registrada no preço do minério de ferro (de 17,62% para 11,33%) ele continua respondendo por parte expressiva do resultado do IPA, 30%. Além da contribuição do minério, soja (de 0,89% para 5,55%), milho (de -0,02% para 8,40%) e Diesel (de 0% para 5,13%) também registraram aumentos e contribuíram para a elevação da inflação medida pelo IGP-DI”, relata Braz.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,57% em janeiro. Em dezembro, o índice havia apresentado uma alta de 1,54%. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,49% em janeiro, contra 0,57% em dezembro. 

Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (1,10% para 0,13%), Transportes (0,28% para 0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,03%) e Vestuário (0,97% para 0,76%). 

Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (3,06% para -1,76%), gasolina (-0,36% para -1,12%), plano e seguro de saúde (0,15% para -0,48%) e acessórios do vestuário (0,81% para -0,20%).

Já os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,56% para 1,64%), Alimentação (0,72% para 1,15%), Comunicação (-0,08% para 0,53%) e Despesas Diversas (0,11% para 0,20%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: cursos formais (0,00% para 6,47%), hortaliças e legumes (-3,73% para 7,87%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,16% para 0,88%) e conselho e associação de classe (0,48% para 2,14%).

Núcleo do IPC e Índice de Difusão

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,62% em janeiro, ante 0,53% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 30 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 21 apresentaram taxas abaixo de 0,18%, linha de corte inferior, e 9 registraram variações acima de 1,31%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 71,61%, 3,22 pontos percentuais acima do registrado em dezembro, quando o índice foi de 68,39%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,71% em janeiro, ante 0,35% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (0,69% para 1,08%), Serviços (0,60% para 1,39%) e Mão de Obra (0,00% para 0,26%).

O que é o IGP-DI?

O IGP-DI é a média dos índices de preços ao produtor (IPA), ao consumidor (IPC) e de custo da construção civil (INCC). Segundo o instituto, o indicador revela as fontes de pressão inflacionária e a evolução dos preços de produtos e serviços mais relevantes para os três grupos.

*com informações da FGV 

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