Secretaria de Política Econômica revisou para cima nesta quinta-feira (16) a projeção do PIB em 2024 de 2,2% para 2,5%; Saiba mais detalhes
Jean Albuquerque Publicado em 16/05/2024, às 17h44
A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, de 2,2% para 2,5%, foi revisada para cima pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
Essas informações constam no Boletim Macrofiscal divulgado nesta quinta-feira (16). Em relação à inflação, a SPE ajustou a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, elevando-a de 3,5% para 3,7%.
Essa projeção permanece dentro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, variando entre 1,5% e 4,5%. Para 2025, a previsão de inflação foi revisada ligeiramente para cima, de 3,1% para 3,2%.
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A SPE atribui a melhora na expectativa de crescimento do PIB a diversos fatores, incluindo o fortalecimento das vendas no varejo e dos serviços para famílias, o aumento na criação de empregos e a expansão das concessões de crédito.
Além disso, o investimento está se recuperando, impulsionado pela construção civil e pelo aumento nas importações de bens de capital. A alta recente do dólar também deve beneficiar as exportações, contribuindo para um crescimento econômico mais robusto em 2024.
Analisando os setores econômicos, a SPE destacou que a expansão no setor de serviços compensou as revisões negativas nas projeções de crescimento da agropecuária e da indústria.
Para a agropecuária, a estimativa de queda foi ajustada de 1,3% para 1,4%, principalmente devido à revisão para baixo nas safras de soja e milho. No caso da indústria, a projeção foi levemente reduzida de 2,5% para 2,4%, refletindo dados mais fracos no primeiro trimestre para a indústria extrativa e a produção de bens de capital. Em contrapartida, a previsão de crescimento dos serviços aumentou de 2,4% para 2,7%.
No que diz respeito ao impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, a SPE informou que as projeções do PIB não incorporam esses efeitos. O impacto das enchentes dependerá de novos eventos climáticos, da repercussão em estados vizinhos e da eficácia dos programas de auxílio fiscal e crédito nas áreas afetadas.
O estado, que representa cerca de 6,5% do PIB nacional, deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, com possíveis compensações nos trimestres seguintes, afetando mais significativamente os setores de agropecuária e indústria de transformação.
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