Inflação avança na segunda semana de março puxada pelo aumento da gasolina, diz FGV

De acordo com o FGV-Ibre, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que mede a inflação semanalmente, registra alta acumulada de 8,91% nos últimos 12 meses

Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br   Publicado em 16/03/2022, às 08h33

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A inflação medida semanalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de março sobe 0,64%. Com isso, o indicador registra uma alta acumulada de 8,91% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre).

De acordo com o FGV-Ibre, sete das oito classes do índice apresentam aumento em suas taxas de variação. 

A maior contribuição para o resultado do IPC-S foi do componente de transportes, cuja a taxa variou de 0,23% para 0,46%. Nesta classe, vale destacar a variação nos preços da gasolina, cujo preço variou de uma queda de 0,56%, em que na semana passada contou com um recuou de 1,21%. 

Além dos transportes, os seguintes componentes apresentaram avanço no IPC-S: Educação, Leitura e Recreação (-0,17% para 0,14%), Alimentação (1,65% para 1,79%), Vestuário (0,35% para 0,73%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,04% para 0,09%), Habitação (0,46% para 0,53%) e Despesas Diversas (0,07% para 0,24%). 

Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: passagem aérea (-1,91% para 0,00%), aves e ovos (-1,18% para -0,21%), roupas infantis (0,52% para 1,00%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,12% para 0,29%), tarifa de eletricidade residencial (-0,33% para 0,06%) e conserto de bicicleta (-0,02% para 0,75%).

Em contrapartida, o grupo Comunicação (0,01% para -0,06%) apresentou recuo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, vale citar o item tarifa de telefone residencial (-0,98% para -1,39%).

O que é IPC-S?

De acordo com a FGV, o IPC-S mede quadrissemanalmente a variação do custo de vida para famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos mensais.

O indicador integra o sistema de índices de preços ao consumidor do FGV IBRE, que também inclui: IPC-3i, IPC-C1, IPC-DI, IPC-10 e IPC-M. Apesar de a coleta ser semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta a média dos preços coletados nas quatro últimas semanas até a data de fechamento.

O intervalo entre o fim da coleta e sua divulgação é de um dia, sendo um dos mais curtos, inclusive para padrões internacionais.

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