Os principais vilões da alta da inflação no mês de julho foram os combustíveis e os gastos em habitação como energia elétrica e comunicação
Redação Publicado em 07/08/2020, às 09h58
Nesta sexta-feira (07), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), ficou em 0,36% em julho, taxa acima do 0,26% de junho e do 0,19% de julho do ano passado. Esta é a maior alta para um mês de julho desde o ano de 2016 (0,52%).
Com o resultado, o IPCA acumula taxas de inflação de 0,46% no ano e de 2,31% em 12 meses
A gasolina, com uma alta de preços de 3,42% em julho, foi o item que mais impactou a inflação do mês. Os combustíveis, de uma forma geral, subiram 3,12%, devido a aumentos de preços no óleo diesel (4,21%), etanol (0,72%) e gás veicular (0,56%).
“A gasolina continua revertendo o movimento que teve nos meses de abril e maio. Já havia subido em junho e voltou a subir em julho”, afirmou o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Pedro Kislanov.
Os transportes foram o grupo de despesas que teve maior influência no IPCA de julho, com alta de 0,78%.
Outro serviço/produto que elevou a inflação pra cima foi a habitação (0,80%), puxado pela alta de preços da energia elétrica (2,59%). Outros grupos que tiveram impacto importante na inflação foram saúde e cuidados pessoais (0,44%), artigos de residência (0,90%) e comunicação (0,51%).
Os alimentos subiram apenas 0,01% e tiveram pouco impacto na inflação de julho. Três grupos registraram deflação (queda de preços): vestuário (-0,52%), despesas pessoais (-0,11%) e educação (-0,12%).
*reprodução Agência Brasil