Isenção de IR para quem ganha até R$ 2.500? Veja promessa de Bolsonaro em plano de governo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem apostado em uma promessa reciclada para agradar os eleitores e conseguir a tão sonhada reeleição. A prévia do plano de governo do atual presidente, que é candidato à reeleição, eleva o limite de isenção de IR (Imposto de Renda) para até R$ 2.500 mensais. Atualmente, essa isenção chega a  R$ 1.903,98 por mês.

Bolsonaro também fez a mesma promessa na campanha de 2018 e no fim do seu primeiro mandato não cumpriu. Naquela época, o limite proposto era de isenção até cinco salários mínimos, o equivalente a R$ 6.060 aplicado à correção do salário mínimo hoje. 

De acordo com um trecho do documento, "em julho de 2021, foi enviada ao Congresso Nacional uma proposta que chegou a ser aprovada pela Câmara dos Deputados, mas não avançou no Senado. O governo reeleito de Jair Bolsonaro continuará perseguindo a efetivação dessa desoneração ao trabalhador".

Uma proposta de reforma tributária que prevê o aumento da isenção para R$ 2.500 está parada no Senado Federal. Mas para ser aplicada a correção no IR não é necessário aprovação da reforma, basta editar uma medida provisória. 

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Sem correção desde 2015 

Os dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) apontam para uma defasagem na tabela do IR na ordem de mais de 134% de 1996 até 2021, isto é, a última vez que houve uma correção foi em 2015. Não aplicando a correção, a população brasileira paga mais impostos, a estimativa é a de que R$ 149 bilhões sejam pagos a mais em tributos. 

Manter Auxílio Brasil de R$ 600

Outra promessa da minuta do programa de governo é a promessa de manter o Auxílio Brasil no valor de R$ 600. No documento, o presidente não detalha a fonte de recursos e nem fala sobre uma autorização do Congresso Nacional para que a medida seja possível. De acordo com o documento, consistem em "um dos compromissos prioritários será a manutenção do valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil a partir de janeiro de 2023".

*Com informações do UOL Economia 

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