Jornada reduzida de trabalho: pesquisa revela vontade popular dos trabalhadores

A jornada de trabalho de quatro dias na semana já é uma experiência adotada em alguns países, mas essa realidade não parece ser próxima da brasileira

Victor Meira   Publicado em 10/11/2022, às 12h23

Agência Brasil

Uma pesquisa do site de vagas de emprego Empregos.com.br revela que 81% dos trabalhadores entrevistados são a favor de trabalhar quatro dias por semana, em um esquema dividido em quatro por dias trabalhados para três dias de descanso. Cerca de 13% dos profissionais relatam que ainda têm dúvidas sobre esse sistema e apenas 6% avaliam que essa modalidade não daria certo no Brasil. 

Em contrapartida, as empresas não parecem estar dispostas a adotar este modelo. Somente 4,9% das empresas apoiam essa medida, enquanto que 25% se opõem contra a redução da jornada. Só que a grande maioria, cerca de 71,1%, ainda não tem um posicionamento definido sobre o tema. 

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A semana com quatro dias de trabalho já é adotada em algumas empresas no exterior. Entretanto, especialistas em recursos humanos entendem que a adoção deste modelo no Brasil não será tão fácil. 

Especialistas relatam que a legislação brasileira é baseada na questão da gestão e da produtividade do trabalhador. Dessa forma, a redução tão forte na jornada de trabalho pode causar problemas. 

O isolamento social estimulou a criação de diferentes formatos de trabalho. Todos podem ser bastante eficientes, a depender da cultura da empresa, do histórico da equipe e do tipo de trabalho a ser executado. São muitas as variáveis que influenciam no resultado final. O importante é encontrar o formato que melhor se adapta tanto para a empresa quanto para o colaborador”, diz Tabata Silva, da Empregos.com.br, em nota.

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Outros dados da pesquisa

A pesquisa ainda aponta que 76% dos colaboradores trabalham presencialmente, 5,3% estão no modelo híbrido e 4,6% atuam no modelo home office. Além disso, 82,5% citam que exercem a jornada de trabalho de 40 horas semanais conforme previstas na CLT, 15,6% contam com políticas de horário flexíveis e 1,9% trabalham com o "short-friday", que consiste em oferecer aos funcionários a possibilidade de sair mais cedo às sextas-feiras.

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