Presidente Lula (PT) criticou nesta segunda-feira (6) atuação do Banco Central e taxa Selic após divulgação do boletim Focus; Saiba mais detalhes
Jean Albuquerque Publicado em 06/02/2023, às 14h58
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta segunda-feira (6) a atuação do Banco Central (BC) e a taxa de juros aplicada no país após a divulgação do Boletim Focus da autoridade financeira. O petista chegou a afirmar que taxa Selic, juros básicos da econômica, é uma vergonha.
Segundo publicação do Jornal Folha de S. Paulo, o presidente disse que "não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,5% [ao ano]. É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro".
A fala de Lula (PT) ocorreu durante a posse do novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, na cidade do Rio de Janeiro. Lula também disse que o problema do país é viver uma cultura de "juros altos".
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Ainda sobre o assunto, o chefe do Executivo nacional incentivou o setor do empresariado a fazer cobranças em relação ao nível da taxa de juros no país."A classe empresarial precisa aprender a reivindicar, a reclamar dos juros altos", disse Lula.
O presidente, que está em seu terceiro mandato, chegou a fazer críticas sobre a época na qual o BC estava no comando do seu governo e os empresários reclamam da taxa de juros. "Quando o Banco Central era dependente de mim, todo mundo reclamava. O único dia em que a Fiesp falava era quando aumentava os juros. Era o único dia [...]. Agora, eles não falam".
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve, na última quarta-feira (1º), a taxa Selic em 13,75% ao ano pela quarta vez consecutiva. O Copom também afirmou que a taxa se manterá alta por um longo período.
A colunista Mônica Bergamo, também da Folha de S. Paulo, já tinha mostrado que Lula e seus ministros consideram que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, traiu a confiança do governo. Já que contava com a autarquia para melhorar os problemas econômicos do país sem que seja necessário passar por uma recessão.
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