A mãe da menina descreveu o incidente como uma experiência humilhante e única na vida dela. Companhia aérea alegou que não poderia garantir a segurança da criança durante o voo
Pedro Miranda Publicado em 11/10/2023, às 19h14 - Atualizado em 12/10/2023, às 00h51
Uma mulher está tomando medidas judiciais após uma experiência vexatória durante viagem de avião. Na última sexta-feira (6), enquanto viajava com sua filha de oito anos, Maria Vitória, que nasceu com escoliose e sem os membros superiores e inferiores, Naíde enfrentou dificuldades significativas durante retorno para casa.
A família estava voltando de São Paulo, onde Maria Vitória havia recebido tratamento médico, e seu objetivo era chegar à cidade de Reriutaba, no interior do Ceará. No entanto, ao embarcarem em um voo de uma companhia aérea, enfrentaram um impasse que gerou constrangimento para ambas.
Conforme o relato de Naíde, ela e Maria Vitória realizaram o check-in e passaram pelo procedimento de segurança, com a criança sendo transportada nos braços da mãe, já que não estava em uma cadeira de rodas.
Entretanto, ao entrarem no avião, duas funcionárias da companhia aérea solicitaram que mãe e filha desembarcassem, alegando que a criança não poderia voar no colo da mãe.
Devido às condições de saúde da menina, que a impedem de sentar, a companhia se recusou a permitir que continuassem o voo. Vale ressaltar que a avó da criança também estava a bordo.
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A empresa aérea GOL emitiu um comunicado justificando sua decisão com base em questões de segurança e conforme o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC), que estipula que crianças com dois anos completos ou mais não podem viajar no colo de um adulto.
A empresa alegou que não poderia garantir a segurança de Maria Vitória com o uso do cinto de segurança, o que levou à decisão de não permitir que ela continuasse no voo.
"Durante um voo, numa ocorrência de turbulência mais severa ou numa desaceleração, por exemplo, o uso do cinto de segurança é a forma mais eficaz para se evitar graves acidentes a bordo. A Companhia lamenta o inconveniente e reforça que as suas equipes de aeroportos e tripulação não mediram esforços para atender às necessidades das Clientes e tomaram as decisões sobre os procedimentos com base no nosso valor número 1: a segurança", diz a Gol.
Apesar dos obstáculos, a família conseguiu retornar ao Ceará graças à generosidade de outra companhia aérea, que disponibilizou um assento adequado, permitindo que Maria Vitória voasse nos braços de sua mãe.
O incidente, no entanto, deixou Naíde profundamente abalada, descrevendo-o como uma experiência humilhante e única em sua vida.
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