A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15, apresentou aumento em setembro, mesmo com a queda nos preços dos alimentos. Confira os detalhes e os setores que mais influenciaram o índice
Victor Meira Publicado em 26/09/2023, às 14h09
A prévia da inflação, conhecida como IPCA-15, registrou um aumento de 0,35% em setembro, um acréscimo de 0,07 ponto percentual em relação à taxa de agosto, que havia sido de 0,28%.
A categoria de Transportes teve a maior variação, atingindo 2,02%, sendo responsável por um impacto de 0,41 ponto percentual. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo incremento de 5,18% no preço da gasolina. O IPCA-E, que representa a variação acumulada do IPCA-15 nos últimos três meses (julho, agosto e setembro), alcançou 0,56%, em contraste com o registro de -0,97% no mesmo período de 2022.
Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulado foi de 5,00%, superando os 4,24% do período imediatamente anterior. Em setembro de 2022, a taxa havia sido de -0,37%.
A queda de -0,77% no grupo de Alimentação e Bebidas foi influenciada principalmente pela deflação nos preços da alimentação no domicílio (-1,25%). Itens como batata-inglesa, cebola, feijão-carioca, leite longa vida, carnes e frango em pedaços registraram queda de preços. Por outro lado, arroz e frutas tiveram aumento de preço, com destaque para limão e banana-d’água.
A alimentação fora do domicílio teve uma aceleração em relação ao mês anterior, registrando um aumento de 0,46%. Os destaques foram o lanche (0,74%) e a refeição (0,35%).
Segundo a pesquisa, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento em setembro. Por outro lado, o grupo de Alimentação e Bebidas teve uma queda significativa de -0,77%, contribuindo com uma redução de -0,16 ponto percentual no índice.
No grupo de Transportes, a gasolina teve um aumento de 5,18% e foi o item com maior impacto individual no índice do mês, representando 0,25 ponto percentual. Quanto aos demais combustíveis, todos registraram elevação: óleo diesel (17,93%), etanol (-1,41%) e gás veicular (0,05%).
No que diz respeito à Habitação, o aumento de 0,30% foi impulsionado pela alta da energia elétrica residencial (0,66%), influenciada pelo reajuste de 9,40% em Belém. A taxa de água e esgoto também subiu 0,12%, devido ao reajuste de 5,02% em Brasília. Por outro lado, o gás encanado teve uma queda de -0,46%.
No grupo de Saúde e Cuidados Pessoais, o plano de saúde apresentou um aumento de 0,71%, devido aos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes de 1998.
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