Presidente da Argentina pretende demitir 70 mil funcionários públicos, como parte de uma ampla reforma para desinchar o governo
Pedro Miranda Publicado em 27/03/2024, às 16h49
Em uma decisão que sacudiu a política argentina, o presidente Javier Milei revelou planos de demitir 70 mil funcionários públicos nos próximos meses, em uma tentativa de desinchar a máquina governamental e alcançar equilíbrio fiscal a qualquer custo.
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Em um evento de negócios em Buenos Aires, Milei destacou suas medidas "agressivas", que incluem congelamento de obras públicas, cortes de financiamentos e encerramento de planos de seguridade social que ele classificou como corruptos.
Embora representem apenas uma parte dos 3,5 milhões de funcionários públicos, os cortes propostos enfrentarão resistência dos sindicatos do país, como evidenciado pela greve convocada por um sindicato na terça-feira.
Além disso, dados recentes mostram que os trabalhadores do setor privado enfrentam desafios financeiros significativos desde que Milei assumiu o cargo em dezembro.
Apesar das críticas, Milei citou pesquisas que indicam um aumento do otimismo econômico entre os argentinos e um aumento na confiança no governo. Ele rejeitou apelos por uma desvalorização drástica da moeda, afirmando que o banco central está adotando uma abordagem gradual para a desvalorização do peso.
Milei também revelou planos ambiciosos de reforma econômica após as eleições parlamentares de 2025, incluindo mais de 3 mil reformas. Ele descreveu a rejeição de seu decreto de emergência no Senado como uma oportunidade para expor a corrupção política.
Apesar das controvérsias e resistência, Milei expressou otimismo em relação à recuperação econômica em forma de "V", sinalizando uma visão ousada para o futuro da Argentina sob sua liderança.
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