Ministério da Fazenda aumenta projeção de crescimento do PIB para 2023

O Ministério da Fazenda cita que o aumento na projeção ocorreu por conta bons resultados apresentados no primeiro trimestre

Victor Meira   Publicado em 23/05/2023, às 22h45

Agência Brasil

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou hoje o Boletim Macrofiscal, que traz projeções atualizadas para a economia brasileira. De acordo com o relatório, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma dos bens e serviços produzidos no país, foi revisada para cima, passando de 1,6% para 1,9% em 2023.

Segundo o Ministério da Fazenda, essa elevação na projeção deve-se ao aumento do crescimento esperado para este ano, refletido nos indicadores econômicos divulgados, que apresentaram resultados melhores do que o previsto para o primeiro trimestre e o início do segundo trimestre.

O setor agropecuário, por exemplo, teve sua projeção de crescimento revisada de 10,4% para 11% no ano. Já a projeção de crescimento para a Indústria avançou ligeiramente, de 0,4% para 0,5%, enquanto a projeção para Serviços cresceu de 0,9% para 1,3%, conforme destaca o relatório.

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As projeções para os próximos anos também foram divulgadas. Para 2024, espera-se um crescimento de 2,3%, enquanto para 2025 a projeção é de 2,8%.

Em relação à inflação, a projeção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também foi revisada para cima, passando de 5,31% para 5,58%. Essa estimativa encontra-se acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano, que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite inferior é de 1,75% e o limite superior é de 4,75%.

O Boletim Macrofiscal aponta que a revisão da projeção de inflação foi motivada, principalmente, pela mudança na alíquota do ICMS sobre a gasolina, pelos reajustes previstos para jogos de azar e plano de saúde, que foram parcialmente compensados pela redução anunciada para o preço da gasolina, sem resposta à queda nos preços internacionais do petróleo.

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Outros índices também foram atualizados no relatório. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para calcular o valor do salário mínimo e ajustar aposentadorias, é de uma variação de 5,34% para este ano, em comparação com a previsão anterior de 5,16% divulgada em março. Já a projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que engloba o setor atacadista, o custo da construção civil e o consumidor final, caiu de 3,85% para 2,06%.

Além disso, o relatório apresenta as projeções atualizadas para as contas públicas. A projeção de déficit primário, que representa o resultado negativo nas contas do governo excluindo os juros da dívida pública, passou de R$ 99,01 bilhões para R$ 100,67 bilhões. Essa projeção já considera o pacote de medidas fiscais anunciadas em janeiro, quando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, previu uma queda do déficit para cerca de R$ 100 bilhões neste ano.

No que diz respeito à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), principal indicador utilizado para comparar o endividamento dos países, a previsão teve uma leve queda, passando de 77,6% para 77,09% do PIB.

Essas projeções refletem as perspectivas atuais da Secretaria de Política Econômica em relação ao cenário econômico do país, levando em consideração os fatores e as políticas vigentes até o momento.

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