Governo espera chegar ao acordo sobre o juros do consignado do INSS após a realização de reunião. Teto de juros deverá sair até sexta-feira (24)
Pedro Miranda Publicado em 21/03/2023, às 22h07
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou nesta terça-feira (21) que uma definição sobre o novo teto dos juros do crédito consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)deverá sair até sexta-feira (24), o que deve permitir a retomada da concessão de consignado pelos bancos públicos e privados.
A declaração foi dada pelo presidente da Febraban, Sidney Oliveira, após uma reunião com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para discutir o assunto. De acordo com Oliveira, o patamar fixado pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) de 1,7% ao mês não atende à estrutura de custo dos bancos, o que levou os bancos públicos a interromperem a concessão de consignado.
Ele destacou que as instituições financeiras estão dispostas a negociar e que uma solução intermediária deverá ser encontrada. "Nós precisamos sair desse impasse. Há toda uma disposição da Febraban, do setor bancário para que nós possamos encontrar o patamar que possa de um lado atender a um anseio do governo e de outro lado permitir a viabilidade econômica de crédito consignado", afirmou o presidente da Febraban.
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Na noite de segunda-feira (20), a Casa Civil da Presidência da República emitiu uma nota informando que aguarda uma nova reunião entre representantes do governo e do sistema financeiro, prevista para ocorrer até o fim desta semana, para discutir a possibilidade de elevação do teto de juros para o crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS.
De acordo com o comunicado, o governo espera chegar a um acordo sobre a taxa após a realização da reunião. O texto ainda destacou que o ministro da Previdência pode convocar uma nova reunião do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) na próxima semana para discutir o assunto.
A redução do teto dos juros sobre o crédito consignado a aposentados e pensionistas do INSS, de 2,14% para 1,7% ao mês, e do limite da taxa para o cartão de crédito consignado, de 3,06% para 2,62% ao mês, foi decidida pelo CNPS na semana passada.
No entanto, a medida resultou na suspensão da oferta de crédito consignado por diversos bancos públicos e privados, incluindo a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Segundo o Banco Central, apenas quatro instituições financeiras cobravam taxas menores que 1,7% ao mês: Sicoob (1,68%), Cetelem (1,65%), BRB (1,63%) e CCB Brasil (1,31%).
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