Petrobras participará ativamente do novo PAC lançado recentemente pelo presidente Lula (PT); investimentos de R$ 323 bilhões ao longo do ano
Jean Albuquerque Publicado em 14/08/2023, às 15h40
A Petrobras está programada para participar ativamente no recém-lançado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado na última sexta-feira (11) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Rio de Janeiro.
Ao todo, 47 projetos da companhia serão incorporados a essa iniciativa, com investimentos da empresa estimados em R$ 323 bilhões ao longo do PAC 2023.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ressaltou alguns dos projetos, incluindo aprimoramentos nos sistemas de produção no pré-sal, revitalização de campos petrolíferos convencionais, como Marlim, Albacora e Roncador, além da construção de novas plataformas e navios em território brasileiro.
O presidente da empresa também expressou sua determinação em reativar a capacidade dos estaleiros localizados no Rio de Janeiro, Bahia, Nordeste e Sul do país.
Outro notável projeto abrangido é a iniciativa para aperfeiçoar a qualidade do diesel S-10, produzido nas refinarias de Paulínia (Replan) e São José dos Campos (Revap), ambas situadas no estado de São Paulo.
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Sobre a transição energética, o presidente da Petrobras destacou a intenção de realizar uma conversão das refinarias em biorrefinarias. A primeira instalação a passar por essa transformação será a refinaria inaugurada por Getúlio Vargas em 1937, localizada no Rio Grande do Sul, que será direcionada para a produção exclusiva de produtos derivados de óleo vegetal.
No setor de refino, a Petrobras tem como objetivo duplicar a capacidade de processamento da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) em Pernambuco, elevando-a para 260 mil barris diários.
Prates ainda assegurou que a companhia também ingressará no mercado de óleo vegetal, seja por meio da produção de biodiesel ou do processamento desse tipo de óleo.
Além disso, o presidente Prates mencionou nove poços planejados para exploração na Margem Equatorial, cujo andamento está sujeito à obtenção de licenças do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A Petrobras também tem em andamento projetos para o escoamento de gás e a construção de dois gasodutos, localizados em Sergipe e Alagoas. A empresa tem a intenção de fomentar colaborações em projetos com países vizinhos, como Bolívia, Venezuela e Argentina.
Fundo de descarbonização receberá investimento do Novo PAC
Segundo publicação da Agência Brasil, o Plano Estratégico (PE) 2023-2027 da Petrobras tem servido como guia na seleção dos projetos prioritários da empresa que receberão os investimentos provenientes do recém-lançado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Um destes projetos destaque é a criação de um fundo de descarbonização. Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, comunicou que outros projetos poderão ser adicionados à lista, seguindo a aprovação do subsequente Plano Estratégico 2024-2028.
Dentre as iniciativas mencionadas, encontra-se a produção de derivados petroquímicos, fertilizantes e combustíveis com menor emissão de carbono, bem como de fontes inteiramente renováveis.
A companhia direcionará investimentos para novos empreendimentos, incluindo o desenvolvimento de tecnologias emergentes, como hidrogênio sustentável e sistemas de captura e estocagem de carbono (CCUS), que estão ganhando destaque no mercado.
No plano de sustentabilidade, foi estabelecido um modelo ambientalmente consciente para a desativação de 26 plataformas nos próximos cinco anos. A meta é assegurar a sustentabilidade, a segurança e o cuidado com o bem-estar das pessoas e o meio ambiente. A visão de Jean Paul Prates é que a Petrobras se torne uma referência global nesse campo de atuação.
Em janeiro de 2007, o presidente Lula lançou a primeira iteração do PAC, visando à superação das deficiências na infraestrutura nacional. Inicialmente, o programa delineou um plano de investimentos no valor de R$ 503,9 bilhões, abarcando setores como transporte, energia, saneamento, habitação e recursos hídricos. Essas ações estavam programadas para serem implementadas entre os anos de 2007 e 2010.
Posteriormente, em 2011, a então presidente Dilma Rousseff apresentou a segunda fase do programa, conhecida como PAC 2. Nesse estágio, as projeções de investimento totalizaram R$ 708 bilhões, concentrando-se em iniciativas voltadas para a infraestrutura social e urbana.
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