A onda de calor deve persistir em São Paulo, elevando as temperaturas a níveis não vistos nos últimos nove anos, segundo a Defesa Civil do Estado
Mylena Lira Publicado em 18/09/2023, às 20h58
A onda de calor deve persistir em São Paulo, elevando as temperaturas a níveis não vistos nos últimos nove anos. De acordo com informações divulgadas pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Defesa Civil do Estado, a capital paulista pode registrar temperaturas médias históricas de 37,1ºC no próximo sábado, 30 de setembro.
A última máxima histórica registrada foi em 17 de outubro de 2014, quando os termômetros marcaram 37,8ºC, estabelecendo um recorde absoluto. Outras cidades do estado também enfrentarão altas temperaturas, com a possibilidade de quebra de recordes:
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A causa dessa onda de calor é a atuação de uma forte massa de ar quente e seca sobre o Estado de São Paulo, combinada com um sistema de alta pressão que deve se estabelecer na região. Isso configura um bloqueio atmosférico que manterá o tempo quente e seco até o final da estação do inverno, que se encerra neste sábado, 23 de setembro.
Esse fenômeno também está resultando em uma significativa queda nos índices de umidade do ar em várias regiões do estado, incluindo a Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista, Vale do Paraíba, Vale do Ribeira, Região de Itapeva e Litoral Norte, além das Regiões de Campinas, Sorocaba, Bauru, Araraquara, Presidente Prudente, Marília, Ribeirão Preto, Franca, Barretos, Araçatuba e São José do Rio Preto.
Para a Região Metropolitana da Capital, Vale do Paraíba, Litoral Norte e Baixada Santista, os índices de Umidade Relativa do Ar devem ficar abaixo de 30%. Já para as Regiões de Campinas e Sorocaba, no Vale do Ribeira e Região de Itapeva, os valores de Umidade Relativa do Ar podem ficar abaixo de 25%.
Nas Regiões de Ribeirão Preto, Franca, Barretos, Bauru, Araraquara, Presidente Prudente, Marília, Araçatuba e São José do Rio Preto, os índices devem cair abaixo dos 20%, atingindo níveis críticos.
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O fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, tem contribuído para o aumento das temperaturas médias na região sudeste do Brasil, intensificando a frequência de dias mais quentes.
O El Niño ocorre principalmente devido ao aquecimento das águas do Oceano Pacífico ao longo da costa oeste da América do Sul, geralmente durante o mês de dezembro, com uma frequência anual variável. Estudos recentes indicam que mudanças abruptas nos ventos alísios que atravessam a região, incluindo o enfraquecimento desses ventos, têm levado a um avanço das correntes marítimas de água quente no centro-sul do Oceano Pacífico.
Isso resulta no aquecimento das águas oceânicas e, por consequência, em mudanças significativas nas condições das massas de ar, correntes marítimas e pressões atmosféricas, causando anomalias climáticas em várias regiões do mundo, especialmente nas zonas tropicais, alterando os padrões de temperaturas e precipitações em escala global.
Diante desse cenário, é altamente recomendável que todos tomem precauções, como manter-se hidratados, beber bastante água e proteger-se do sol. Evitar exercícios físicos ao ar livre nos horários mais quentes do dia e usar soro nos olhos e nariz são medidas importantes.
Além disso, é crucial não provocar incêndios em áreas de vegetação seca e não descartar bitucas de cigarro nas beiras de rodovias, pois isso pode resultar em incêndios de grande proporção e constitui crime ambiental.
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