Média do valor do 13º salário será mais alta para os trabalhadores do setor de serviços. Benefício será pago a cerca de 87,7 milhões de pessoas
Pedro Miranda Publicado em 09/11/2023, às 21h36 - Atualizado em 10/11/2023, às 11h05
Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que o pagamento do 13º salário deverá injetar cerca de R$ 291 bilhões na economia brasileira. Essa quantia representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
O benefício será pago a cerca de 87,7 milhões de pessoas, abrangendo trabalhadores do mercado formal, beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União, estados e municípios. Em média, cada trabalhador receberá R$ 3.057.
Do montante total destinado ao 13º salário, cerca de R$ 201,6 bilhões (69% do total) serão direcionados para empregados formais, incluindo trabalhadores domésticos, enquanto os 31% restantes (R$ 89,8 bilhões) serão destinados a aposentados e pensionistas. Beneficiários da Previdência Social, que somam 32,8 milhões de pessoas, receberão R$ 55,4 bilhões.
Aposentados e pensionistas da União terão direito a R$ 11,2 bilhões (3,8%), enquanto aposentados e pensionistas dos estados receberão R$ 17,5 bilhões (6%). Aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios ficarão com R$ 5,6 bilhões.
O levantamento também revelou que a média do valor do 13º salário será mais alta para os trabalhadores do setor de serviços (R$ 4.460), seguida pela indústria (R$ 3.922). Os trabalhadores do setor primário da economia terão a média mais baixa, recebendo R$ 2.362.
Em relação às médias regionais, os trabalhadores, aposentados e pensionistas no Distrito Federal receberão o valor médio mais alto, estimado em R$ 5.400. Enquanto isso, as médias mais baixas serão encontradas no Maranhão e Piauí, com valores de R$ 2.087 e R$ 2.091, respectivamente.
Para calcular o pagamento do 13º salário em 2023, o Dieese utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego.
Além disso, foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
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