Padarias e diversos outros setores têm a oportunidade de migrar para o Mercado Livre de Energia. Uma das vantagens da migração é a redução dos custos com energia
Pedro Miranda Publicado em 04/01/2024, às 17h15
O início de 2024 traz uma excelente notícia para pequenas e médias empresas que consomem energia em alta tensão, como padarias e diversos outros setores, com contas em torno de R$ 9 mil.
Agora, esses consumidores têm a oportunidade de migrar para o Mercado Livre de Energia, um ambiente de venda que oferece a liberdade de escolher fornecedores, discutir preços, quantidades necessárias para uso, períodos de recebimento e formas de pagamento da energia.
Até o final do ano passado, essas empresas eram obrigadas a se submeter ao mercado regulado, também conhecido como mercado cativo, adquirindo energia exclusivamente da distribuidora local. Antes da abertura, somente consumidores com demanda mínima de 500 kilowatts podiam participar do mercado livre.
A grande novidade para 2024 é que todos os consumidores ligados em alta tensão agora são elegíveis para serem livres, independentemente da demanda contratada. Isso representa uma mudança significativa, pois antes era necessário atender a um consumo mínimo para obter essa liberdade, mas agora basta estar conectado na alta tensão.
Dos 200 mil consumidores conectados em alta tensão, 37 mil já eram livres, incluindo grandes fábricas de aço e vidro que migraram desde 2001. Entretanto, 72 mil unidades agora têm a oportunidade de aderir ao mercado livre, e 13 mil delas já manifestaram a intenção de migrar, evidenciando uma demanda crescente.
O Mercado Livre de Energia divide-se em duas partes: o Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e o Ambiente de Contratação Livre (ACL). Consumidores cativos estão no ACR, comprando energia de concessionárias de distribuição, enquanto no ACL, os consumidores têm a liberdade de escolher diretamente seus fornecedores, negociando livremente contratos bilaterais.
A vantagem da migração para o mercado livre é a redução dos custos com energia, adquirindo contratos de geração mais acessíveis do que os do mercado cativo. Além disso, oferece previsibilidade, permitindo que os consumidores saibam antecipadamente quanto pagarão pela geração de energia, evitando oscilações e ajustes presentes na energia cativa.
Embora os consumidores residenciais ainda não tenham permissão para migrar para o mercado livre, a abertura total do Livre é reivindicada por diversas associações e agentes do mercado de energia.
A migração para o mercado livre, iniciada no início dos anos 2000, continua a ser impulsionada por consumidores em busca de contratos mais flexíveis e custos mais baixos, especialmente com a crescente presença de energias renováveis nesse cenário.
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