Planos de saúde ficarão até 15,5% mais caros, maior reajuste já aprovado pela ANS

Entenda por qual motivo haverá aumento nos planos de saúde individual e familiar. Cobrança pode ser feita entre maio de 2022 e abril de 2023, a partir da data de aniversário do contrato

MYLENA LIRA | REDACAO@JCCONCURSOS.COM.BR   Publicado em 26/05/2022, às 19h04

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Titulares de planos de saúde individual podem pagar até 15,%% mais caro para manter o atendimento médico em rede particular. O aumento no preço cobrado pelas empresas foi aprovado hoje, 16 de maio de 2022, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Esse é o maior reajuste já autorizado pela ANS desde a sua criação, em 2000.

Apesar do índice poder ser aplicado para as mensalidades cobradas entre maio de 2022 e abril de 2023, o novo valor só pode ser exigido do consumidor a partir da data de aniversário do contrato. Isso significa que se o contrato foi assinado em maio deste ano ou de anos anteriores, então a cobrança já poderá ser realizada, inclusive de forma retroativa a esse mês.

O reajuste dos planos de saúde valerá somente para contratos individuais e familiares firmados a partir de janeiro de 1999, que representam 16,3% da fatia do mercado. Ao todo, cerca de 8 milhões de pessoas devem ser impactadas pela medida. A decisão da ANS não se aplica aos planos de saúde coletivos empresariais nem aos coletivos por adesão, pois as operadoras não precisam de autorização para subir o preço nesses casos.

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Pandemia e inflação são responsáveis

O cálculo é influenciado principalmente pela variação das despesas assistenciais do ano anterior. Também leva em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país. Segundo a ANS, os últimos dois anos foram atípicos no setor por conta da pandemia da Covid-19.

Em 2020, com o avanço do coranavírus, a variação das despesas assistenciais foram negativas em 9,2% - o que fez com que, pela primeira vez, a agência estabelecesse um reajuste também negativo. Em 2021, as operadoras foram obrigadas a reduzir a mensalidade dos planos de saúde em pelo menos 8,1% porque ficou constatada uma queda generalizada na demanda por serviços de saúde no ano de 2020 devido ao isolamento social.

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"Já em 2021, tivemos uma gradativa retomada da utilização desses serviços. É também um ano influenciado por uma forte inflação em todo o país", disse a gerente Econômico-financeira e Atuarial de Produtos da ANS, Daniele Rodrigues, ao apresentar os detalhes do cálculo do índice.

*com informações da Agência Brasil

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