A constante alta no preço dos combustíveis foi um dos motivos defendidos por Bolsonaro (PL) para a troca do comando da Petrobras. Saiba quanto custa
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br Publicado em 01/06/2022, às 20h42
Por conta da alta no preço dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem trocado presidentes da Petrobras em um curto período de tempo. Segundo o Estadão/Broadcast, cada troca realizada pelo governo custou à estatal o valor próximo a R$ 1,3 milhão. Veja detalhes.
Esse valor corresponde ao gasto que uma companhia do tamanho da Petrobras precisa para realizar uma assembleia virtual com os acionistas, um dos ritos necessários para realizar a troca de comando.
A última foi realizada há dois meses, e uma nova é esperada para acontecer em 45 dias, já que Caio Paes de Andrade, secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia, foi indicado para substituir José Mauro Coelho na presidência.
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O secretário Andrade substituirá Coelho — presidente com passagem mais curta da história da estatal — e será o quarto presidente da Petrobras em menos de três anos.
Segundo o estatuto da companhia, quem vai assumir o comando precisa fazer parte do conselho de administração da empresa. Por conta disso, Andrade terá que ser eleito como conselheiro para só depois, o colegiado votar em seu nome para a presidência.
Advogados especializados em governança ouvidos pelo Estadão disseram que montar uma assembleia virtual envolve alguns fatores, além do custo, é necessária a presença dos executivos da empresa que poderiam estar tocando outros projetos de interesse da estatal.
O especialista Renato Chaves, disse em entrevista ao Estadão, que o custo de R$ 1,3 milhão por assembleia foi a estimativa que ele recebeu da própria Petrobras. "Ficar trocando de presidente a toda hora não é brinquedo, custa muito".
O custo vai para a contratação de uma empresa responsável por conectar os acionistas dentro e fora do país, além de gastos com cálculo de votos, cálculo de voto múltiplo e outras ações que acontecem dentro da reunião.
Uma auditoria externa também é contratada para monitorar o processo e publicações, como edital de convocação e atas, contratação de advogados externos e mobilização dos empregados da companhia para o evento.
*Com informações do Jornal O Estado de São Paulo
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