Presidente do Banco Central irá se reunir com sindicato para discutir reajuste salarial

Além do reajuste salarial, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) pede uma reestruturação do plano de carreiras dos servidores no órgão

Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br   Publicado em 07/01/2022, às 09h37

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Após uma pressão do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) por falta de reajuste salarial no orçamento de 2022, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, agendou uma reunião com a categoria para a próxima terça-feira (11). Os servidores públicos federais criticaram a atitude do governo de conceder aumento na remuneração apenas para as categorias policiais. 

O presidente do Sinal, Fábio Faiad, encara a reunião como a possibilidade de criar um diálogo entre o governo federal e a categoria. A pauta da reunião será para debater a questão do reajuste salarial, que está congelado desde 2017, e a reestruturação das carreiras no BC, o Sinal entende que elas estejam defasadas em relação à legislação atual. 

O líder sindical destaca que tem esperança de avançar algumas pautas, como o reajuste salarial. Contudo, ele afirma que provavelmente a primeira reunião será para sentir as propostas de ambos os lados e dificilmente será definida uma medida. “Caso não tenhamos uma melhora no cenário após a reunião, isso fortalecerá ainda mais a mobilização prevista para o dia 18, que está mantida”, ressaltou Faiad em entrevista ao site Congresso em Foco.

A mobilização citada pelo presidente do Sinal é uma manifestação marcada por diversas categorias sindicais para exigir um aumento salarial para todos os servidores públicos federais e não apenas os policiais. O ato está agendado para o dia 18 de janeiro e será feito em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia. “Torcemos para que não haja a necessidade de mais nada. (…) Caso contrário, há possibilidade de a partir dos dias 19 e 20 a gente começar a organizar uma greve para o início de fevereiro”, alertou Faiad.

Em virtude disso, alguns sindicatos entraram em greve, como os auditores da Receita Federal e auditores fiscais agropecuários. Faiad relata que uma eventual greve no Banco Central não seria feita por meio da redução de metas e estabelecimento de operações-padrão, mas através da paralisação completa dos servidores.  “Vai ser uma greve clássica no sentido de os funcionários não irem ao banco, desligarem os sistemas e não trabalharem”, explica.

Apesar de ameaçar um movimento grevista, o Sinal entende que este modelo não seja o ideal para debater o reajuste salarial e a reestruturação das carreiras e que deseja conversar com o governo para chegar em um acordo. “Ninguém gostaria de chegar nesse ponto. Ninguém faz uma mobilização e uma greve porque quer, é porque o governo não nos recebe. Seria melhor que houvesse um canal permanente de negociação. Só estamos trazendo a situação a esse nível porque não está havendo diálogo”, finaliza Faiad.

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